Termina sem acordo negociação com policiais em greve na Bahia
SALVADOR, 7 Fev 2012 (AFP) -As negociações para colocar fim a uma greve policial no estado da Bahia terminaram sem acordo nesta terça-feira, em meio ao cerco militar à sede do legislativo onde cerca de 200 policiais estão há uma semana, constatou a AFP.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, atribuiu o fracasso do diálogo à divisão do movimento de protesto, que exige um reajuste salarial e a anistia para 12 líderes com ordem de prisão.
"O impasse ocorre porque há um grupo absolutamente minoritário, segundo a informação dos coronéis e oficiais, que na verdade está preocupado" em ampliar o movimento de protesto para vários estados, afirmou Wagner à TV Globo.
"Qualquer oferta que você faça é insuficiente, porque o que eles querem é justificar esse movimento", disse.
O diálogo se estendeu por mais de sete horas, com a mediação do arcebispo de Salvador, Murilo Krieger. As partes não anunciaram imediatamente se haverá uma nova rodada de negociações.
Wagner afirmou que o governo oferece um aumento gradual de salários, mas que não pode aceitar a anistia dos 12 líderes grevistas, cuja prisão é solicitada pela Justiça. Um deles foi capturado no domingo.
Os policiais em greve responsabilizam o governador pela falta de acordo após sete dias de uma greve que desatou em uma onda de mais de 100 assassinatos, saques e roubos que criou caos na Bahia, que se prepara para receber milhares de turistas para o Carnaval.
"Foi encerrada a negociação e não houve acordo. A greve continua, a polícia da Bahia continua paralisada", disse o soldado Alexandre Leite, dirigido-se através de um alto-falante aos manifestantes que acampam do lado de fora do edifício da Assembleia Legislativa para apoiar os grevistas.
Dentro da assembleia, cercada pelos militares, o soldado da PM Armando de Quirino disse à AFP por telefone que os grevistas estão preparados para enfrentar um eventual ataque militar após o fracasso do diálogo.
"O governador mandou os esquadrões de elite tomarem posições para invadir, quer uma carnificina. Se é isso que ele quer, estamos preparados", disse.
Em meio às negociações fracassadas, uma força de elite da Polícia Federal deteve um segundo suspeito de comandar o protesto, disse à AFP uma fonte da Secretaria de Segurança Pública local.
O líder, identificado pela imprensa como o sargento Elias Alves de Santana, foi detido longe da sede da Assembleia.
Com sua captura já são dois os líderes da greve em poder das autoridades, após a detenção de um primeiro suspeito, no domingo.
A greve da polícia baiana começou enquanto o estado aguarda a chegada de milhões de turistas para o carnaval de Salvador. Entre 16 e 21 de fevereiro, espera-se a chegada de três milhões de foliões.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, atribuiu o fracasso do diálogo à divisão do movimento de protesto, que exige um reajuste salarial e a anistia para 12 líderes com ordem de prisão.
"O impasse ocorre porque há um grupo absolutamente minoritário, segundo a informação dos coronéis e oficiais, que na verdade está preocupado" em ampliar o movimento de protesto para vários estados, afirmou Wagner à TV Globo.
"Qualquer oferta que você faça é insuficiente, porque o que eles querem é justificar esse movimento", disse.
O diálogo se estendeu por mais de sete horas, com a mediação do arcebispo de Salvador, Murilo Krieger. As partes não anunciaram imediatamente se haverá uma nova rodada de negociações.
Wagner afirmou que o governo oferece um aumento gradual de salários, mas que não pode aceitar a anistia dos 12 líderes grevistas, cuja prisão é solicitada pela Justiça. Um deles foi capturado no domingo.
Os policiais em greve responsabilizam o governador pela falta de acordo após sete dias de uma greve que desatou em uma onda de mais de 100 assassinatos, saques e roubos que criou caos na Bahia, que se prepara para receber milhares de turistas para o Carnaval.
"Foi encerrada a negociação e não houve acordo. A greve continua, a polícia da Bahia continua paralisada", disse o soldado Alexandre Leite, dirigido-se através de um alto-falante aos manifestantes que acampam do lado de fora do edifício da Assembleia Legislativa para apoiar os grevistas.
Dentro da assembleia, cercada pelos militares, o soldado da PM Armando de Quirino disse à AFP por telefone que os grevistas estão preparados para enfrentar um eventual ataque militar após o fracasso do diálogo.
"O governador mandou os esquadrões de elite tomarem posições para invadir, quer uma carnificina. Se é isso que ele quer, estamos preparados", disse.
Em meio às negociações fracassadas, uma força de elite da Polícia Federal deteve um segundo suspeito de comandar o protesto, disse à AFP uma fonte da Secretaria de Segurança Pública local.
O líder, identificado pela imprensa como o sargento Elias Alves de Santana, foi detido longe da sede da Assembleia.
Com sua captura já são dois os líderes da greve em poder das autoridades, após a detenção de um primeiro suspeito, no domingo.
A greve da polícia baiana começou enquanto o estado aguarda a chegada de milhões de turistas para o carnaval de Salvador. Entre 16 e 21 de fevereiro, espera-se a chegada de três milhões de foliões.
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