Gena Rowlands protagoniza primeiro longa filmado com celular
LOS ANGELES, EUA, 12 dez 2011 (AFP) -O diretor independente americano Hooman Khalili finalizou o que apresenta como o primeiro longa-metragem totalmente filmado com um telefone celular, que estreia no dia 16 de dezembro em Los Angeles e tem a atriz Gena Rowlands no papel principal.
"Olive", um filme de 90 minutos sobre uma menina que muda as vidas de três pessoas sem dizer uma palavra, foi completamente filmado com um smartphone Nokia N8, que tem uma câmera integrada de alta resolução e ao qual adaptou uma lente de 35 mm para obter maior profundidade de campo.
Patrick Gilles dividiu a direção e o roteiro com Khalili.
"A tecnologia avança muito rapidamente e os telefones celulares, com o tempo, farão tudo, já estão fazendo muito", disse Khalili em entrevista à AFP.
O diretor admitiu que iniciou uma corrida para completar o primeiro filme com um celular, já que alguém faria isto mais cedo ou mais tarde.
No endereço www.olivethemovie.com é possível assistir os primeiros cinco minutos de "Olive", que já está provocando sensação antes mesmo da estreia em Los Angeles em uma sala independente no próximo dia 16, o que deixa o longa apto a concorrer no próximo Oscar.
Em fotografias na rede social Flickr do cineasta - que também apresenta um programa de rádio em São Francisco -, o telefone é visto preso a um tripé, com uma lente de 35 mm e um visor, em uma imagem que chega a lembrar um "Transformer".
"É uma tecnologia pioneira. Claro, nossa lente pode parecer grande e torpe, mas assim acontece com as primeiras gerações de uma tecnologia", afirmou o diretor.
O filme custou menos de 500.000 dólares e foi financiado por Chris Kelly, ex-executivo do Facebook, e William O'Keeffe, um filantropo de São Francisco.
Mas por incrível que pareça, a finlandesa Nokia não participou no projeto.
"Enviaram-me um telefone, mas desde março de 2011 não ouvi nada deles, desapareceram", contou o diretor.
Mas por trás da inovadora ideia de criar um filme com um celular, está a delicada história que narra, com a presença da veterana Gena Rowlands (81 anos).
A estrela duas vezes indicadas ao Oscar não fez o filme por dinheiro, e sim "porque estava ligada ao espírito independente do projeto e gostou da ideia de participar no primeiro filme produzido com um celular", explicou Khalili.
"Enviamos o roteiro e ela disse: 'Leio seis roteiros por semana e talvez faço um filme por ano. Este roteiro é muito bom, mas preciso que você me convença a fazer o filme'. E eu sentei diante dela e durante uma hora e meia abri meu coração", contou o diretor de 37 anos.
Khalili disse que teve como inspiração "As Bicicletas de Belleville" (2003), um filme de animação em que ninguém fala, "mas tudo é transmitido de maneira perfeita".
"Este filme me fez pensar em como seria maravilhoso ter um personagem central que não falasse, mas que você entendesse tudo que tenta comunicar", disse.
"Olive" narra a saga de uma menina de 10 anos que transforma a vida de três pessoas: uma idosa amargurada (Rowlands), um homem obeso e um estrangeiro que não consegue adaptar-se aos Estados Unidos.
De acordo com o cineasta, as pessoas que trabalharam na produção fizeram de tudo um pouco. A ideia agora é arrecadar 300.000 dólares por meio do site de microfinanciamento Kickstarter, com o objetivo de exibir o filme em 100 salas de cinema até o Natal.
Mas até semana passada, a produção havia obtido pouco mais de 30.000 dólares.
"Precisamos de um pequeno milagre", disse o cineasta.
"Olive", um filme de 90 minutos sobre uma menina que muda as vidas de três pessoas sem dizer uma palavra, foi completamente filmado com um smartphone Nokia N8, que tem uma câmera integrada de alta resolução e ao qual adaptou uma lente de 35 mm para obter maior profundidade de campo.
Patrick Gilles dividiu a direção e o roteiro com Khalili.
"A tecnologia avança muito rapidamente e os telefones celulares, com o tempo, farão tudo, já estão fazendo muito", disse Khalili em entrevista à AFP.
O diretor admitiu que iniciou uma corrida para completar o primeiro filme com um celular, já que alguém faria isto mais cedo ou mais tarde.
No endereço www.olivethemovie.com é possível assistir os primeiros cinco minutos de "Olive", que já está provocando sensação antes mesmo da estreia em Los Angeles em uma sala independente no próximo dia 16, o que deixa o longa apto a concorrer no próximo Oscar.
Em fotografias na rede social Flickr do cineasta - que também apresenta um programa de rádio em São Francisco -, o telefone é visto preso a um tripé, com uma lente de 35 mm e um visor, em uma imagem que chega a lembrar um "Transformer".
"É uma tecnologia pioneira. Claro, nossa lente pode parecer grande e torpe, mas assim acontece com as primeiras gerações de uma tecnologia", afirmou o diretor.
O filme custou menos de 500.000 dólares e foi financiado por Chris Kelly, ex-executivo do Facebook, e William O'Keeffe, um filantropo de São Francisco.
Mas por incrível que pareça, a finlandesa Nokia não participou no projeto.
"Enviaram-me um telefone, mas desde março de 2011 não ouvi nada deles, desapareceram", contou o diretor.
Mas por trás da inovadora ideia de criar um filme com um celular, está a delicada história que narra, com a presença da veterana Gena Rowlands (81 anos).
A estrela duas vezes indicadas ao Oscar não fez o filme por dinheiro, e sim "porque estava ligada ao espírito independente do projeto e gostou da ideia de participar no primeiro filme produzido com um celular", explicou Khalili.
"Enviamos o roteiro e ela disse: 'Leio seis roteiros por semana e talvez faço um filme por ano. Este roteiro é muito bom, mas preciso que você me convença a fazer o filme'. E eu sentei diante dela e durante uma hora e meia abri meu coração", contou o diretor de 37 anos.
Khalili disse que teve como inspiração "As Bicicletas de Belleville" (2003), um filme de animação em que ninguém fala, "mas tudo é transmitido de maneira perfeita".
"Este filme me fez pensar em como seria maravilhoso ter um personagem central que não falasse, mas que você entendesse tudo que tenta comunicar", disse.
"Olive" narra a saga de uma menina de 10 anos que transforma a vida de três pessoas: uma idosa amargurada (Rowlands), um homem obeso e um estrangeiro que não consegue adaptar-se aos Estados Unidos.
De acordo com o cineasta, as pessoas que trabalharam na produção fizeram de tudo um pouco. A ideia agora é arrecadar 300.000 dólares por meio do site de microfinanciamento Kickstarter, com o objetivo de exibir o filme em 100 salas de cinema até o Natal.
Mas até semana passada, a produção havia obtido pouco mais de 30.000 dólares.
"Precisamos de um pequeno milagre", disse o cineasta.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.