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SIP condena morte de repórter cinematográfico brasileiro

France Presse

08/11/2011 16h25

MIAMI, 8 Nov 2011 (AFP) -A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) condenou, nesta terça-feira, a morte de um repórter cinematográfico brasileiro que cobria o confonto entre a polícia e traficantes de drogas entrincheirados na favela do Antares, em Campo Grande, Rio de Janeiro.

O cinegrafista Gelson Domingos, de 46 anos e mais de 20 na profissão, acompanhava, domingo, uma ação do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) na favela de Antares, na Zona Oeste do Rio, quando foi atingido por um disparo no peito. O colete à prova de balas que usava foi atravessado por um projétil.

Outros atos de violência condenados pela SIP foram os atentados registrados nos últimos dias contra jornalistas e meios de comunicação no Peru, na Argentina e no México.

Para a organização, os novos fatos evidenciam "os riscos e represálias a que são expostos os profissionais no exercício da atividade jornalística", disse o presidente da SIP, Milton Coleman, editor do jornal americano The Washington Post, em comunicado divulgado em Miami, onde fica a sede da Sociedade Interamericana de Imprensa.

Desde o começo do ano, 21 jornalistas morreram em ataques na região.

"(...) Devemos trabalhar para que os meios de comunicação, sem deixar de informar, minimizem os riscos a que são expostos seus profissionais", disse Coleman, em referência aos seminários específicos sobre o assunto que realiza há mais de dez anos.

O organismo também condenou o atentado de 5 de novembro no Peru contra o correspondente do jornal La República, Feliciano Gutiérrez Suca, baleado na cidade em Puno, por quatro homens armados e encapuzados.

O jornalista, que agora passa bem, denunciou no começo de outubro possíveis participações de policiais em atividades de contrabando.

Já o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação, Gustavo Mohme, também diretor do jornal La República, de Lima, condenou dois incêndios criminosos registradso nos últimos dias contra jornais do México e da Argentina.

Domingo foram incendiadas as instalações do novo jornal mexicano El Buen Tono, em Córdoba, Veracruz, especializado em questões de segurança. As 20 pessoas que estavam dentro da sede saíram ilesas do atentado.

Na Argentina, um grupo entrou na segunda-feira nas oficinas do jornal La Verdad de Junín também ateando fogo, informou seu diretor Omar Bello, atribuindo o fato a informações divulgadas sobre a atuação do tráfico de drogas na região.

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