Exposição em Londres mostra obra pictórica de Leonardo da Vinci
LONDRES, 8 Nov 2011 (AFP) -"La Gioconda' e seu misterioso sorriso não estará presente, mas uma exposição consagrada a Leonardo da Vinci, que será aberta nesta quarta-feira, em Londres, está sendo considerada histórica pelos ingleses.
A National Gallery conseguiu reunir "o maior número de pinturas do grande mestre renascentista italiano (1452-1519) nunca vistas em um só lugar", isto é nove das 20 realizadas ao longo da vida, das quais só são conservadas 15.
A mostra se centra no período em que Da Vinci passou na corte de Milão, nas décadas de 1480 e 1490, a serviço do governador Ludovico Sforza, 'Il Moro', quem deu a ele dinheiro, pela primeira vez, além de tempo e espaço para se expressar.
Segundo o curador da exposição, Luke Syson, a estrela inesperada da exposição é a tela "Salvator Mundi" (O Salvador do Mundo), que o público poderá descobrir pela primeira vez desde sua autentificação este ano.
Pintado em 1499, este óleo sobre madeira representa o Cristo abençoando com a mão direita tendo, na esquerda um globo de cristal. A autoria do quadro havia sido atribuída a um de seus alunos, depois de ter estado perdido durante mais de meio século.
A pinacoteca londrina quis apresentar a pintura ainda polêmica, propriedade desde 2005 de um consórcio nova-iorquino, avaliada em cerca de 200 milhões de dólares, para que comparando-a com outras obras do artista cada um possa formar o próprio julgamento.
O outro ponto forte será a apresentação inédita das duas versões de "A Madona das Rochas", cuja existência sempre intrigou os especialistas.
O Museu do Louvre concordou, excepcionalmente, em emprestar a primeira, pintada entre 1483 e 1486, para que possa ser exibida ao lado da existente na National Gallery (1491-1508), recentemente restaurada.
A obra está inacabada, como muitas outras deste "pintor filósofo" artista que se caracterizava, segundo o museu, pela "incapacidade de terminar as encomendas", numerosas.
"Quando olhamos de perto, observamos que algumas partes do quadro vão apenas um pouco além do esboço inicial, por exemplo a mão do anjo apoiando costas do Menino Jesus", explicou Larry Keith, diretor de Conservação da pinacoteca britânica.
O público poderá também ver pela primeira vez juntos os três retratos criados em Milão pelo gênio florentino, entre eles "A Dama com Arminho" (1488/90), considerada sua obra mestra desse período, embora tenha sido ofuscada, numa fase posterior, por "La Gioconda" (1503-1506), que hoje não sai do Louvre.
Roubado por nazistas e devolvido depois da II Guerra Mundial, "A Dama com Arminho", um óleo que representa uma amante do duque de Sforza, conclui em Londres um périplo que já o levou a Madri e a Berlim.
Os outros dois são "Le Musicien", O Músico (1485/87), o único retrato de homem realizado por Leonardo da Vinci e "La Belle Ferronnière" (1492-1494).
A fase milanesa do pintor, escultor, arquiteto, filósofo e engenheiro esteve também marcada pela "A Ultima Ceia", que estará representada por "uma de suas melhores cópias" utilizada para a restauração do mural original.
Cinquenta desenhos relacionados às pinturas, muitos deles emprestados pela rainha Elizabeth II da Inglaterra, completam a exposição, que poderá ser vista até o dia 5 de fevereiro.
Apesar de os organizadores terem decidido limitar o número de visitantes para evitar a multidão, "Leonardo da Vinci: pintor da corte de Milão" pode ultrapassar o recorde estabelecido em 2007 por "Velázquez", que atraiu mais de 300.000 pessoas.
"Já vendemos um número sem precedentes de entradas", anunciou o site da National Gallery.
bur-ra/sd
A National Gallery conseguiu reunir "o maior número de pinturas do grande mestre renascentista italiano (1452-1519) nunca vistas em um só lugar", isto é nove das 20 realizadas ao longo da vida, das quais só são conservadas 15.
A mostra se centra no período em que Da Vinci passou na corte de Milão, nas décadas de 1480 e 1490, a serviço do governador Ludovico Sforza, 'Il Moro', quem deu a ele dinheiro, pela primeira vez, além de tempo e espaço para se expressar.
Segundo o curador da exposição, Luke Syson, a estrela inesperada da exposição é a tela "Salvator Mundi" (O Salvador do Mundo), que o público poderá descobrir pela primeira vez desde sua autentificação este ano.
Pintado em 1499, este óleo sobre madeira representa o Cristo abençoando com a mão direita tendo, na esquerda um globo de cristal. A autoria do quadro havia sido atribuída a um de seus alunos, depois de ter estado perdido durante mais de meio século.
A pinacoteca londrina quis apresentar a pintura ainda polêmica, propriedade desde 2005 de um consórcio nova-iorquino, avaliada em cerca de 200 milhões de dólares, para que comparando-a com outras obras do artista cada um possa formar o próprio julgamento.
O outro ponto forte será a apresentação inédita das duas versões de "A Madona das Rochas", cuja existência sempre intrigou os especialistas.
O Museu do Louvre concordou, excepcionalmente, em emprestar a primeira, pintada entre 1483 e 1486, para que possa ser exibida ao lado da existente na National Gallery (1491-1508), recentemente restaurada.
A obra está inacabada, como muitas outras deste "pintor filósofo" artista que se caracterizava, segundo o museu, pela "incapacidade de terminar as encomendas", numerosas.
"Quando olhamos de perto, observamos que algumas partes do quadro vão apenas um pouco além do esboço inicial, por exemplo a mão do anjo apoiando costas do Menino Jesus", explicou Larry Keith, diretor de Conservação da pinacoteca britânica.
O público poderá também ver pela primeira vez juntos os três retratos criados em Milão pelo gênio florentino, entre eles "A Dama com Arminho" (1488/90), considerada sua obra mestra desse período, embora tenha sido ofuscada, numa fase posterior, por "La Gioconda" (1503-1506), que hoje não sai do Louvre.
Roubado por nazistas e devolvido depois da II Guerra Mundial, "A Dama com Arminho", um óleo que representa uma amante do duque de Sforza, conclui em Londres um périplo que já o levou a Madri e a Berlim.
Os outros dois são "Le Musicien", O Músico (1485/87), o único retrato de homem realizado por Leonardo da Vinci e "La Belle Ferronnière" (1492-1494).
A fase milanesa do pintor, escultor, arquiteto, filósofo e engenheiro esteve também marcada pela "A Ultima Ceia", que estará representada por "uma de suas melhores cópias" utilizada para a restauração do mural original.
Cinquenta desenhos relacionados às pinturas, muitos deles emprestados pela rainha Elizabeth II da Inglaterra, completam a exposição, que poderá ser vista até o dia 5 de fevereiro.
Apesar de os organizadores terem decidido limitar o número de visitantes para evitar a multidão, "Leonardo da Vinci: pintor da corte de Milão" pode ultrapassar o recorde estabelecido em 2007 por "Velázquez", que atraiu mais de 300.000 pessoas.
"Já vendemos um número sem precedentes de entradas", anunciou o site da National Gallery.
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