Filho de célebre marchand, ligado a partido de Sarkozy, indiciado por roubo de quadros
PARÍS, França, 7 Jul 2011 - O herdeiro de um célebre colecionador de arte, ligado ao partido do presidente francês Nicolas Sarkozy, Guy Wildenstein, foi indiciado por posse de quadros supostamente desaparecidos ou roubados.
Em meados de janeiro os investigadores do Birô Central de Luta contra o Tráfico de Bens Culturais (OCBC) realizaram uma revista no Instituto Wildenstein, onde encontraram cerca de 30 obras de artes que eram dadas por desaparecidas ou roubadas.
Dentro de outra investigação sobre a delicada sucessão de seu pai, o rico marchant de arte Daniel Wildenstein, os policiais realizaram uma primeira revista, durante a qual fotografaram quadros guardados num depósito.
Assim localizaram inúmeras obras, entre elas um óleo da pintora impressionista Berthe Morisot avaliado em 800.000 euros, e desaparecido há quase 20 anos.
Yves Rouart, um dos herdeiros de Anne Marie Rouart, a última proprietária desse quadro processou Wildenstein por "roubo encoberto".
Esse processo provocou o início da nova investigação e a apreensão dos quadros.
A primeira investigação contra Guy Wildenstein foi iniciada depois de uma queixa de Sylvia Roth, viúva de Daniel Wildenstein, que acusou Guy, filho de um primeiro casamento, de ter escondido dela parte da imensa fortuna de fundos colocados em paraísos fiscais.
Segundo a mulher, seu advogado alertou em várias ocasiões a sucessivos ministros do Orçamento, entre eles Eric Woerth, sobre essa suposta evasão fiscal sem que fossem tomadas quaisquer medidas.
Woerth, ex-ministro do Orçamento e do Trabalho do governo Sarkozy, está envolvido no caso político-financeiro da multimilionária herdeira da L'Oréal, Liliane Bettencourt.
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