Complexo arqueológico Villa Adriano fechado por ameaça de desabamento
ROMA, 6 Jul 2011 (AFP) -A magnífica residência de Adriano, o imperador romano de 117 a 138 a.C,, a Villa Adriano, localizada na periferia de Roma, teve fechado o acesso aos visitantes em várias de suas áreas devido ao risco de desabamento em função da falta de recursos para sua manutenção, denunciou nesta quarta-feira o jornal italiano Il Corriere della Sera.
O célebre complexo arqueológico, localizado em Tivoli, cerca de 20 quilômetros de Roma, criado como lugar de veraneio e lazer do imperador Adriano no século II, recebeu 370 mil euros de contribuições, mas precisava de 2,5 milhões para se manter, informou o jornal.
Nos últimos três anos, dos 6,7 milhões de euros solicitados para manter e restaurar as ruínas da mansão romana, com mais de 30 prédios cobertos de mármores e decorados com estátuas, entre elas a cópia do Discóbolo (o Lançador de Discos) do escultor grego Míron, só foram fornecidos 1,5 milhões.
Os riscos de desabamentos aumentaram, fazendo com que as autoridades decidissem fechar vários setores.
Decretada em 1999 pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, o número de visitantes à 'Villa' diminuiu 41,8% nos últimos 10 anos.
"A chegada à Villa Adriano é difícil e desanimadora. Não há informações sobre o seu importante significado histórico e arquitetônico", afirma a especialista Federica Chiappetta, entrevistada pelo jornal.
A mansão foi o maior exemplo romano de um jardim alexandrino, recriando uma paisagem sagrada e é como uma cidade com palácios, fontes, vários banhos, bibliotecas, teatro, templos, salas para cerimônias oficiais e habitações para os cortesãos, os pretorianos e os escravos.
A vida de Adriano foi imortalizada no livro "Memórias de Adriano" (1951), da escritora belga Marguerite Yourcenar, que descreveu a vida e a morte do imperador romano, um homem culto, grande militar, amante da poesia e da música.
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