Jornalista mexicano é assassinado por um comando, junto com a mulher e o filho de 21 anos
XALAPA, México, 20 Jun 2011 (AFP) -O jornalista Miguel Ángel López, sua mulher e o filho do casal, de 21 anos, foram assassinados na manhã desta segunda-feira por um comando armado que entrou na residência deles, no porto de Veracruz, leste do México, informou o governador do estado.
O colunista, de 51 anos, trabalhava para o jornal local Notiver, um dos mais influentes do estado, e era conhecido por suas opiniões políticas, que incluíam, também, frequentes referências à violência e ao narcotráfico.
O governador de Veracruz, Javier Duarte, lamentou em comunicado o assassinato, dizendo que "será investigado até as últimas consequências".
Desde janeiro de 2007, um mês depois da posse do presidente Felipe Calderón, foram assassinados 40 jornalistas, além do registro do desaparecimento de 15 profissionais, desde 2003, segundo a Comissão Nacional de Direitos Humanos.
Com este crime somam cinco os trabalhadores em meios de comunicação assassinados este ano no México, entre eles três jornalistas, além de uma funcionária da distribuição de El Diario de Ciudad Juárez (norte) e um humorista do canal Televisa em Monterrey (norte).
Outro jornalista de Veracruz, Noel López Olguín, do diário Notícias de Acuyacán, foi sequestrado por homens armados em 3 de março e seu corpo foi encontrado no dia 31 de maio.
Veracruz, que faz limite, ao norte, com o estado de Tamaulipas (na fronteira com os Estados Unidos), sofre uma crescente onda de violência, gerada pelos choques entre o cartel de Los Zetas e seus antigos aliados do cartel do Golfo, e pelas operações antidroga do exército e da marinha de guerra.
No dia 3 de junho, num informe apresentado em Genebra, o relator das Nações Unida para a liberdade de opinião e expressão catalogou o México como o país da América mais perigoso para a imprensa, com 66 jornalistas assassinados e 12 desaparecidos em dez anos.
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