Teatro Judaico de NY coloca o dedo na ferida do Oriente Médio
NOVA YORK, 8 Jun 2011 (AFP) -As posições antagônicas do conflito no Oriente Médio e a paixão da "Primavera Árabe" são os eixos de uma provocadora comédia sobre o amor de uma jovem muçulmana por um agente secreto israelense apresentada esta semana no Teatro Judaico de Nova York.
A obra é intitulada "Saida, uma história de amor tunisiana", e o autor é o fundador desse teatro, Tuvia Tenenbom, um dramaturgo especializado em meter o dedo na ferida de delicadas questões religiosas, políticas e sexuais.
"A obra é uma alegoria do que ocorre no Oriente Médio. A mulher, Saida, é obviamente a Terra Prometida, e depois de sessenta anos é uma luta por coisas estúpidas", conta Tenenbom à AFP no final de uma sessão no pequeno Kraine Theatre, localizado no bairro de East Village, em Manhattan.
O diretor, oriundo de Tel Aviv e que teve 16 obras apresentadas nesse teatro, afirma que as disputas entre árabes e israelenses no Oriente Médio são produto de um lado da influência dos Estados Unidos e Europa e, por outro, da obsessão de ambas as partes de ver seu rival derrotado.
"Quero isso só porque você quer isso. Eu não vou te matar, porque quero que esteja vivo para te ver sofrer quando eu ganhar", afirma com uma risada sarcástica.
Na obra, dois agentes secretos, um judeu jovem e charmoso e um palestino velho e desencantado, disputam o amor de Saida, cujo pai pretende casá-la com um muçulmano não apenas por questões religiosas, mas também para obter um ganho econômico.
As coisas se complicam nessa comédia de enredos quando o agente israelense, Juda, decide dobrar a aposta e oferece mais dinheiro pela jovem, o que coloca o pai em uma posição delicada devido à sua avareza.
A isso se soma o espírito rebelde de Saida, que quer ser dona de seu futuro e representa a nova geração da "Primavera Árabe", que está dando o que falar.
"Escrevi isso em novembro porque quando estive na Tunísia e passei a falar do inglês ao árabe, de repente as pessoas me disseram o que realmente pensavam. Havia muita amargura nas ruas entre os jovens", explica Tenenbom.
Como marca a tradição humorística judaica, tirar sarro de si mesmo é um dos elementos principais da obra.
"Vi um judeu", afirma assustado o irmão de Saida a seu pai. "Outra vez teve um pesadelo?", responde este, que não sabe como enfrentar a presença dos agentes secretos, em alguns momentos mais preocupados em vencer seu inimigo do que conseguir o amor de Saida.
Fundado em 1994, o Teatro Judaico de Nova York é o único do tipo em Nova York a apresentar suas obras - uma ou duas ao ano - em inglês.
A obra é intitulada "Saida, uma história de amor tunisiana", e o autor é o fundador desse teatro, Tuvia Tenenbom, um dramaturgo especializado em meter o dedo na ferida de delicadas questões religiosas, políticas e sexuais.
"A obra é uma alegoria do que ocorre no Oriente Médio. A mulher, Saida, é obviamente a Terra Prometida, e depois de sessenta anos é uma luta por coisas estúpidas", conta Tenenbom à AFP no final de uma sessão no pequeno Kraine Theatre, localizado no bairro de East Village, em Manhattan.
O diretor, oriundo de Tel Aviv e que teve 16 obras apresentadas nesse teatro, afirma que as disputas entre árabes e israelenses no Oriente Médio são produto de um lado da influência dos Estados Unidos e Europa e, por outro, da obsessão de ambas as partes de ver seu rival derrotado.
"Quero isso só porque você quer isso. Eu não vou te matar, porque quero que esteja vivo para te ver sofrer quando eu ganhar", afirma com uma risada sarcástica.
Na obra, dois agentes secretos, um judeu jovem e charmoso e um palestino velho e desencantado, disputam o amor de Saida, cujo pai pretende casá-la com um muçulmano não apenas por questões religiosas, mas também para obter um ganho econômico.
As coisas se complicam nessa comédia de enredos quando o agente israelense, Juda, decide dobrar a aposta e oferece mais dinheiro pela jovem, o que coloca o pai em uma posição delicada devido à sua avareza.
A isso se soma o espírito rebelde de Saida, que quer ser dona de seu futuro e representa a nova geração da "Primavera Árabe", que está dando o que falar.
"Escrevi isso em novembro porque quando estive na Tunísia e passei a falar do inglês ao árabe, de repente as pessoas me disseram o que realmente pensavam. Havia muita amargura nas ruas entre os jovens", explica Tenenbom.
Como marca a tradição humorística judaica, tirar sarro de si mesmo é um dos elementos principais da obra.
"Vi um judeu", afirma assustado o irmão de Saida a seu pai. "Outra vez teve um pesadelo?", responde este, que não sabe como enfrentar a presença dos agentes secretos, em alguns momentos mais preocupados em vencer seu inimigo do que conseguir o amor de Saida.
Fundado em 1994, o Teatro Judaico de Nova York é o único do tipo em Nova York a apresentar suas obras - uma ou duas ao ano - em inglês.
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