Festival de Cannes anuncia neste domingo os premiados
CANNES, França, 22 Mai 2011 (AFP) -Após onze dias de exibições, festas onde o champanhe e o glamour do tapete vermelho estiveram presentes, o Festival de Cannes, a maior festa do cinema mundial, anuncia neste domingo seus prêmios, dos quais o mais cobiçado é a Palma de Ouro.
Caminhões de redes de televisão de todo o mundo já rodeavam na manhã deste domingo o Palácio de Festivais, onde ocorre durante a noite a cerimônia de encerramento do 64º Festival de Cannes, que teve início no dia 11 de maio com uma comédia de Woody Allen, "Meia-Noite em Paris", fora da competição oficial.
Este Festival entrará para a história como o primeiro no qual um dos cineastas que aspiravam à Palma de Ouro, o dinamarquês Lars von Trier, foi declarado "persona non grata", após declarar sua "simpatia" por Hitler.
Seu filme, "Melancholia", não foi excluído do concurso pela Palma de Ouro, no qual participam 20 obras, mas estas frases lhe custaram o prêmio, afirmam os críticos em Cannes.
No entanto, a crítica não descarta que a estrela deste filme, Kirsten Dunst, de 28 anos e que ficou conhecida em seu papel em "Maria Antonieta", conquiste o prêmio de melhor atriz, disputado também pela escocesa Tilda Swinton em "Precisamos falar com Kevin" e por Elena Anaya, pelo suspense "A pele que habito", de Pedro Almodóvar.
Esta edição do Festival também será lembrada por ser a primeira na qual um filme em 3D foi selecionado para concorrer à Palma de Ouro.
Takashi Miike, diretor do selvagem "Ichi the Killer" e cujo "13 asassinos" impactou no ano passado o Festival de Veneza, levou a Cannes o drama "Hara-Kiri", que conta a história de um samurai sem recursos que deseja morrer com dignidade.
O filme deste diretor, que alguns chamam de Tarantino japonês pelos excessos de crueldade que retrata em sua obra - chamou a atenção em Cannes sobretudo por ser um filme bastante clássico apresentado em terceira dimensão, que é um recurso utilizado sobretudo em desenhos animados.
"Como diretor de cinema, é natural se sentir feliz com as novas possibilidades que se abrem. Imagino a mim mesmo em 20 anos, quando o 3D for a regra, contando aos meus netos que nos velhos tempos ainda debatíamos se o 2D era uma opção melhor", declarou em Cannes Miike, cujo nome não aparece entre os favoritos para levar o maior prêmio do Festival.
Os principais críticos afirmam que a Palma de Ouro irá para as mãos do finlandês Aki Kaurism€ki com "Le Havre", que misturou luz e otimismo em uma fábula sobre a imigração.
Ou talvez para o americano Terrence Malick por "Árvore da Vida", onde o enigmático diretor americano, que não voltava a Cannes desde 1979, quando apresentou "Dias de paraíso", entoa um canto à criação do universo, ao mesmo tempo em que retrata a infância de um menino no sul dos Estados Unidos.
Também podem conquistar o maior prêmio de Cannes os irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne, da Bélgica, que já têm duas Palmas de Ouro, mas cujo "Le gamin au vélo" (O menino na bicicleta) recebeu aplausos unânimes, o que não foi o caso do filme de Almodóvar, "A pele que habito", mal recebido por uma parte da crítica.
O diretor espanhol nunca foi recompensado com o maior prêmio do Festival, que pode escapar novamente de suas mãos neste ano.
Um longa-metragem que foi ovacionado pela plateia foi "The Artist", de Michel Hazanavicius, que teve a audácia de realizar, em tempos de 3D, um filme mudo, rodado em preto e branco, que recria a era do nascimento do cinema falado nos anos 20 em Hollywood.
O ator desta pequena joia, Jean Dujardin, pode ser recompensado por Cannes, ou talvez sua estrela, a argentina Berenice Béjo.
Para o prêmio de intérprete masculino o nome mais ouvido é o do americano Sean Penn, de 50 anos, que impressionou muitos com seu papel de um depressivo ex-astro do rock em "This must be the place", de Paolo Sorrentino.
Caso conquiste o prêmio, será a segunda vez que Cannes coroa Penn, que já saiu vitorioso em 1997 por "Loucos de amor", de Nick Cassavetes.
Caminhões de redes de televisão de todo o mundo já rodeavam na manhã deste domingo o Palácio de Festivais, onde ocorre durante a noite a cerimônia de encerramento do 64º Festival de Cannes, que teve início no dia 11 de maio com uma comédia de Woody Allen, "Meia-Noite em Paris", fora da competição oficial.
Este Festival entrará para a história como o primeiro no qual um dos cineastas que aspiravam à Palma de Ouro, o dinamarquês Lars von Trier, foi declarado "persona non grata", após declarar sua "simpatia" por Hitler.
Seu filme, "Melancholia", não foi excluído do concurso pela Palma de Ouro, no qual participam 20 obras, mas estas frases lhe custaram o prêmio, afirmam os críticos em Cannes.
No entanto, a crítica não descarta que a estrela deste filme, Kirsten Dunst, de 28 anos e que ficou conhecida em seu papel em "Maria Antonieta", conquiste o prêmio de melhor atriz, disputado também pela escocesa Tilda Swinton em "Precisamos falar com Kevin" e por Elena Anaya, pelo suspense "A pele que habito", de Pedro Almodóvar.
Esta edição do Festival também será lembrada por ser a primeira na qual um filme em 3D foi selecionado para concorrer à Palma de Ouro.
Takashi Miike, diretor do selvagem "Ichi the Killer" e cujo "13 asassinos" impactou no ano passado o Festival de Veneza, levou a Cannes o drama "Hara-Kiri", que conta a história de um samurai sem recursos que deseja morrer com dignidade.
O filme deste diretor, que alguns chamam de Tarantino japonês pelos excessos de crueldade que retrata em sua obra - chamou a atenção em Cannes sobretudo por ser um filme bastante clássico apresentado em terceira dimensão, que é um recurso utilizado sobretudo em desenhos animados.
"Como diretor de cinema, é natural se sentir feliz com as novas possibilidades que se abrem. Imagino a mim mesmo em 20 anos, quando o 3D for a regra, contando aos meus netos que nos velhos tempos ainda debatíamos se o 2D era uma opção melhor", declarou em Cannes Miike, cujo nome não aparece entre os favoritos para levar o maior prêmio do Festival.
Os principais críticos afirmam que a Palma de Ouro irá para as mãos do finlandês Aki Kaurism€ki com "Le Havre", que misturou luz e otimismo em uma fábula sobre a imigração.
Ou talvez para o americano Terrence Malick por "Árvore da Vida", onde o enigmático diretor americano, que não voltava a Cannes desde 1979, quando apresentou "Dias de paraíso", entoa um canto à criação do universo, ao mesmo tempo em que retrata a infância de um menino no sul dos Estados Unidos.
Também podem conquistar o maior prêmio de Cannes os irmãos Jean-Pierre e Luc Dardenne, da Bélgica, que já têm duas Palmas de Ouro, mas cujo "Le gamin au vélo" (O menino na bicicleta) recebeu aplausos unânimes, o que não foi o caso do filme de Almodóvar, "A pele que habito", mal recebido por uma parte da crítica.
O diretor espanhol nunca foi recompensado com o maior prêmio do Festival, que pode escapar novamente de suas mãos neste ano.
Um longa-metragem que foi ovacionado pela plateia foi "The Artist", de Michel Hazanavicius, que teve a audácia de realizar, em tempos de 3D, um filme mudo, rodado em preto e branco, que recria a era do nascimento do cinema falado nos anos 20 em Hollywood.
O ator desta pequena joia, Jean Dujardin, pode ser recompensado por Cannes, ou talvez sua estrela, a argentina Berenice Béjo.
Para o prêmio de intérprete masculino o nome mais ouvido é o do americano Sean Penn, de 50 anos, que impressionou muitos com seu papel de um depressivo ex-astro do rock em "This must be the place", de Paolo Sorrentino.
Caso conquiste o prêmio, será a segunda vez que Cannes coroa Penn, que já saiu vitorioso em 1997 por "Loucos de amor", de Nick Cassavetes.
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