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Escrivaninha da rainha Maria Antonieta volta ao Palácio de Versalhes

Interior do teatro da rainha Maria Antonieta no Palácio de Versalhes, na França (foto de 26/06/2006) - Olivier Laban-Mattei / AFP
Interior do teatro da rainha Maria Antonieta no Palácio de Versalhes, na França (foto de 26/06/2006) Imagem: Olivier Laban-Mattei / AFP

21/03/2011 15h59

VERSAILLES (França), 21 Mar 2011 (AFP) - Aproximadamente 222 anos depois da Revolução Francesa, uma escrivaninha de madeira feita pelo marceneiro real Jean-Henri Riesener está de volta ao Palácio de Versalhes depois de ser adquirida pelo Estado francês por 6,75 milhões de euros (9,4 milhões de dólares).

O ministro da Cultura francês, Frederic Mitterrand, anunciou oficialmente nesta segunda-feira o envio para o palácio da elegante peça que foi classificada como "um trabalho de grande valor cultural".

A escrivaninha é composta de quatro gavetas decoradas com detalhes em baixo-relevo em bronze banhados de ouro - uma marca registrada do celebrado marceneiro alemão.

A madeira de acácia, com plátano, marchetada de pau-rosa, é decorada com ornamentos de bronze recobertos de ouro, incluindo quatro baixos-relevos com representações de alegorias (música, pintura e escultura) e dois brasões representando uma cesta de flores.

A escrivaninha tinha sido encomendada para ser exposta no Petit Hameau (O Pequeno Hamlet), localizado nos jardins de estilo britânico do Petit Trianon em Versalhes.


Mas agora será exposta no apartamento privado onde a rainha Maria Antonieta (1755-1793), mulher do rei Luis 16, entretia suas crianças e amigos.

Durante a Revolução Francesa em 1789, a mobília do Palácio de Versalhes foi leiloada, e mais de 17.000 peças foram espalhadas pelo mundo.

Muitas delas estão agora em residências reais, particularmente na Inglaterra, ou em museus estrangeiros grandes, como nos Estados Unidos, ou em acervos de colecionadores e antiquários.

A escrivaninha de Riesener foi comprada depois de uma negociação promovida por um grande antiquário parisiense, e a aquisição foi possível graças ao patrocínio da LVMH, uma das maiores varejistas de luxo do mundo, e da gigante farmacêutica Sanofi-Aventis.