Semana da Moda de Paris quer saber quem substituirá Galliano na Dior
PARIS, 2 Mar 2011 (AFP) -O mundo da moda, ainda surpreso pela notícia do escândalo envolvendo o estilista britânico John Galliano por declarações consideradas "antissemitas", se pergunta agora quem vai substituí-lo à frente da maison Christian Dior.
Galliano negou nesta quarta-feira as acusações de antissemitismo e racismo, mas pediu perdão por sua conduta, em um comunicado publicado por seus advogados em Londres.
"Nego totalmente as acusações contra mim e cooperarei plenamente com a investigação da polícia", declarou o estilista, acrescentando: "Antissemitismo e racismo não têm lugar em nossa sociedade. Eu peço desculpas pelo meu comportamento se causei alguma ofensa".
John Galliano "é insubstituível", diz a crítica de moda britânica Hillary Alexander, durante o desfile nesta quarta-feira da maison Laroche, inspirado na arte expressionista da pós-guerra. "Não se pode encontrar outro Galliano", disse Alexander, expressando sua "imensa tristeza" e "horror" pelo que aconteceu.
"Creio que com sua partida começará uma nova era para Christian Dior, que sabe que não pode encontrar alguém que crie coleções tão bonitas e românticas como as dele", disse Alexander em entrevista à AFP. "Depois de Galliano, se abre uma nova página" nessa maison, acrescentou.
Entre os nomes de estilistas que a maison Dior poderia colocar à frente de suas linhas femininas estão Stefano Pilati, o estilista a Yves Saint Laurent, e Hedi Slimane, ex-estilista da mesma marca, segundo a jornalista do jornal The Daily Telegraph.
Outro nome cotado é o de Elbay, estilista da Lanvin. "Mas Elbay está muito contente na Lanvin", diz Alexander, citando também Kris Van Assche, que já trabalha para Dior na coleção de decoração. "Mas não sei que experiência tem na Alta-Costura", acrescentou.
Um comprador de um país europeu, que pediu anonimato, disse que entre os nomes que começaram a ser falados desde que a Dior anunciou na sexta-feira a suspensão de Galliano, está o de Oliver Teyskens, ex-estilista da Rochas e da maison Nina Ricci.
Teyskens, de 34 anos, tem algo em comum com Galliano, "um toque excêntrico, provocador", que agradaria aos clientes do estilista britânico. "Em troca, há muitos estilistas jovens que não arriscam", exatamente o que Galliano sempre fez, com grande sucesso, disse Alexander.
Hillary Alexander diz que Dior "está em uma situação muito difícil", porque "Galliano não é fácil de substituir". Além disso, o estilista britânico não só dirigia todas as linhas femininas, Alta-Costura e prêt-a-porter, mas também era responsável pelos perfumes e pela imagem global da marca, que vale 12 bilhões de euros, disse.
Perguntada se vê um futuro para Galliano na moda, Alexander disse que "é muito cedo para falar". "Só o tempo dirá". "Por agora a única certeza é que sua reputação está destruída, é muito trágico", disse, lembrando que o escândalo de Galliano aconteceu logo após o ano do suicídio de outro talentosíssimo estilista britânico, Alexander McQueen.
"O de Galliano é um suicídio profissional. E para se recuperar, além de ir para um clínica de reabilitação, terá que confrontar seus demônios", "mesmo que o mundo da moda seja cruel, também há pessoas que regressaram depois de um escândalo, como Kate Moss, há cinco anos", disse.
Galliano foi preso na última quinta-feira, em um bar do Marais, em Paris, sob a acusação de um casal de "insultos antissemitas" e racistas. Outra mulher também teria denunciado que foi vítima do mesmo crime em 2010.
A top model Kate Moss foi fotografada usando cocaína, o que sacudiu o indústria da moda ao revelar um segredo: que esta droga ocupa um lugar privilegiado nas glamourosas passarelas de todo o mundo.
Depois que a modelo britânica pediu desculpas e entrou em uma clínica de desintoxicação, voltou aos contratos milionários com grandes marcas de luxo.
Galliano negou nesta quarta-feira as acusações de antissemitismo e racismo, mas pediu perdão por sua conduta, em um comunicado publicado por seus advogados em Londres.
"Nego totalmente as acusações contra mim e cooperarei plenamente com a investigação da polícia", declarou o estilista, acrescentando: "Antissemitismo e racismo não têm lugar em nossa sociedade. Eu peço desculpas pelo meu comportamento se causei alguma ofensa".
John Galliano "é insubstituível", diz a crítica de moda britânica Hillary Alexander, durante o desfile nesta quarta-feira da maison Laroche, inspirado na arte expressionista da pós-guerra. "Não se pode encontrar outro Galliano", disse Alexander, expressando sua "imensa tristeza" e "horror" pelo que aconteceu.
"Creio que com sua partida começará uma nova era para Christian Dior, que sabe que não pode encontrar alguém que crie coleções tão bonitas e românticas como as dele", disse Alexander em entrevista à AFP. "Depois de Galliano, se abre uma nova página" nessa maison, acrescentou.
Entre os nomes de estilistas que a maison Dior poderia colocar à frente de suas linhas femininas estão Stefano Pilati, o estilista a Yves Saint Laurent, e Hedi Slimane, ex-estilista da mesma marca, segundo a jornalista do jornal The Daily Telegraph.
Outro nome cotado é o de Elbay, estilista da Lanvin. "Mas Elbay está muito contente na Lanvin", diz Alexander, citando também Kris Van Assche, que já trabalha para Dior na coleção de decoração. "Mas não sei que experiência tem na Alta-Costura", acrescentou.
Um comprador de um país europeu, que pediu anonimato, disse que entre os nomes que começaram a ser falados desde que a Dior anunciou na sexta-feira a suspensão de Galliano, está o de Oliver Teyskens, ex-estilista da Rochas e da maison Nina Ricci.
Teyskens, de 34 anos, tem algo em comum com Galliano, "um toque excêntrico, provocador", que agradaria aos clientes do estilista britânico. "Em troca, há muitos estilistas jovens que não arriscam", exatamente o que Galliano sempre fez, com grande sucesso, disse Alexander.
Hillary Alexander diz que Dior "está em uma situação muito difícil", porque "Galliano não é fácil de substituir". Além disso, o estilista britânico não só dirigia todas as linhas femininas, Alta-Costura e prêt-a-porter, mas também era responsável pelos perfumes e pela imagem global da marca, que vale 12 bilhões de euros, disse.
Perguntada se vê um futuro para Galliano na moda, Alexander disse que "é muito cedo para falar". "Só o tempo dirá". "Por agora a única certeza é que sua reputação está destruída, é muito trágico", disse, lembrando que o escândalo de Galliano aconteceu logo após o ano do suicídio de outro talentosíssimo estilista britânico, Alexander McQueen.
"O de Galliano é um suicídio profissional. E para se recuperar, além de ir para um clínica de reabilitação, terá que confrontar seus demônios", "mesmo que o mundo da moda seja cruel, também há pessoas que regressaram depois de um escândalo, como Kate Moss, há cinco anos", disse.
Galliano foi preso na última quinta-feira, em um bar do Marais, em Paris, sob a acusação de um casal de "insultos antissemitas" e racistas. Outra mulher também teria denunciado que foi vítima do mesmo crime em 2010.
A top model Kate Moss foi fotografada usando cocaína, o que sacudiu o indústria da moda ao revelar um segredo: que esta droga ocupa um lugar privilegiado nas glamourosas passarelas de todo o mundo.
Depois que a modelo britânica pediu desculpas e entrou em uma clínica de desintoxicação, voltou aos contratos milionários com grandes marcas de luxo.
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