Líbia: ao menos oirto mortos em dois dias de manifestações contra o regime
TRÍPOLI, 17 Fev 2011 (AFP) -Ao menos oito pessoas foram mortas entre ontem, quarta-feira, e esta quinta-feira, em confrontos entre manifestantes e policiais na Líbia.
Neste que é o terceiro dia de um movimento de contestação contra o regime do coronel Kadhafi, no poder há 42 anos, manifestantes convocaram através do Facebook "um Dia de Ira".
Sites de oposição, com sede no exterior, mencionavam seis mortes em Benghazi, segunda maior cidade do país, situada a mil quilômetros a leste de Trípoli.
"Confrontos violentos" ocorreram em Benghazi, deixando "seis mortos até agora" e 35 feridos, segundo os sites Al Youm e Al-Manara.
Enquanto isso, advogados manifestavam-se em frente a um tribunal da cidade, reivindicando uma constituição para o país, acrescentou.
Protestos violentos também estouraram em Zenten, a 145 km de Trípoli, relatou o jornal líbio Quryna em seu site.
O movimento de contestação contra o regime do coronel Kadhafi começou na terça-feira em Benghazi, onde 38 pessoas já ficaram feridas na noite de terça-feira para quarta-feira.
As manifestações hostis contra o poder, raras na Líbia, foram inspiradas nas revoltas dos dois países fronteiriços, Tunísia e Egito.
Mais cedo nesta quinta-feira, o jornal Quryna fez referência em seu site a duas vítimas em manifestações na quarta-feira, em Al Bayda, a 1.200 km a leste de Trípoli.
Segundo o jornal, que cita "fontes de segurança", o Ministério do Interior demitiu nesta quinta-feira um alto dirigente local dos serviços de segurança, após as mortes de dois manifestantes, Khaled Khanfer e Saad el-Yamani.
Várias viaturas policiais e carros particulares foram incendiados pela multidão, ainda segundo o jornal líbio.
"As tropas de choque e milícias de comitês revolucionários dispersaram, usando balas verdadeiras, uma manifestação pacífica de jovens da cidade de Al Bayda", fazendo "ao menos quatro mortos e vários feridos", informou anteriormente em um comunicado a Libya Watch, uma organização de defesa dos direitos humanos, com sede em Londres.
Sites oposicionistas, incluindo o Libya Al-Youm, mencionaram também ao menos quatro manifestantes mortos por tiros.
Vídeos que circulam pela internet mostram dezenas de jovens reunidos na noite de quarta-feira em Al Bayda. Eles entoavam "o povo quer derrubar o governo", em meio a carros em fogo, sem qualquer presença policial.
A convocação do "Dia de Ira" contra o regime pareceu não surtir efeito em Trípoli, onde centenas de manifestantes pró-regime se reuniram à tarde na Praça Verde, no centro da capital, enquanto outros marchavam em procissão e carros buzinavam pelas ruas da cidade.
A Anistia Internacional, a Grã-Bretanha e a União Europeia pediram ao país na quarta-feira que evitasse utilizar a força, enquanto que os Estados Unidos disseram a Trípoli para "tomar medidas específicas que respondam às aspirações, necessidades e às expectativas de seu povo".
Neste que é o terceiro dia de um movimento de contestação contra o regime do coronel Kadhafi, no poder há 42 anos, manifestantes convocaram através do Facebook "um Dia de Ira".
Sites de oposição, com sede no exterior, mencionavam seis mortes em Benghazi, segunda maior cidade do país, situada a mil quilômetros a leste de Trípoli.
"Confrontos violentos" ocorreram em Benghazi, deixando "seis mortos até agora" e 35 feridos, segundo os sites Al Youm e Al-Manara.
Enquanto isso, advogados manifestavam-se em frente a um tribunal da cidade, reivindicando uma constituição para o país, acrescentou.
Protestos violentos também estouraram em Zenten, a 145 km de Trípoli, relatou o jornal líbio Quryna em seu site.
O movimento de contestação contra o regime do coronel Kadhafi começou na terça-feira em Benghazi, onde 38 pessoas já ficaram feridas na noite de terça-feira para quarta-feira.
As manifestações hostis contra o poder, raras na Líbia, foram inspiradas nas revoltas dos dois países fronteiriços, Tunísia e Egito.
Mais cedo nesta quinta-feira, o jornal Quryna fez referência em seu site a duas vítimas em manifestações na quarta-feira, em Al Bayda, a 1.200 km a leste de Trípoli.
Segundo o jornal, que cita "fontes de segurança", o Ministério do Interior demitiu nesta quinta-feira um alto dirigente local dos serviços de segurança, após as mortes de dois manifestantes, Khaled Khanfer e Saad el-Yamani.
Várias viaturas policiais e carros particulares foram incendiados pela multidão, ainda segundo o jornal líbio.
"As tropas de choque e milícias de comitês revolucionários dispersaram, usando balas verdadeiras, uma manifestação pacífica de jovens da cidade de Al Bayda", fazendo "ao menos quatro mortos e vários feridos", informou anteriormente em um comunicado a Libya Watch, uma organização de defesa dos direitos humanos, com sede em Londres.
Sites oposicionistas, incluindo o Libya Al-Youm, mencionaram também ao menos quatro manifestantes mortos por tiros.
Vídeos que circulam pela internet mostram dezenas de jovens reunidos na noite de quarta-feira em Al Bayda. Eles entoavam "o povo quer derrubar o governo", em meio a carros em fogo, sem qualquer presença policial.
A convocação do "Dia de Ira" contra o regime pareceu não surtir efeito em Trípoli, onde centenas de manifestantes pró-regime se reuniram à tarde na Praça Verde, no centro da capital, enquanto outros marchavam em procissão e carros buzinavam pelas ruas da cidade.
A Anistia Internacional, a Grã-Bretanha e a União Europeia pediram ao país na quarta-feira que evitasse utilizar a força, enquanto que os Estados Unidos disseram a Trípoli para "tomar medidas específicas que respondam às aspirações, necessidades e às expectativas de seu povo".
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