África do Sul: Bono desmente apoio a uma canção polêmica
CIDADE DO CABO, 16 Fev 2011 (AFP) -O vocalista Bono, do U2, declarou nesta quarta-feira que era "completamente louco" pensar que pudesse apoiar uma canção contra o apartheid, que faz um apelo às pessoas a atirarem em fazendeiros brancos.
O roqueiro irlandês abriu uma polêmica domingo na África do Sul ao declarar em entrevista ao Sunday Times que a música "Shoot the farmer" (Atire no fazendeiro, numa tradução livre) tinha seu lugar, entre as canções engajadas.
"Francamente, somos conhecidos por músicas não violentas. O fato de alguém pensar que apoiamos isto é muito, muito louco", declarou Bono, em entrevista à emissora de Johannesburgo Talk Radio 702.
Bono expressou seu espanto pela polêmica, estimando não ter tido propósitos equívocos. "Há regras para este gênero de música", afirmou.
Em "Shoot the farmer", pode-se ouvir as palavras "Awudubele (i)bhulu" ("Atirem nos Bôeres", em zulu), designando os fazendeiros holandeses que colonizaram a África do Sul.
A canção, retomada por Julius Malema, o exaltado líder da juventude do Congresso Nacional Africano (ANC), foi motivo de um vivo debate no ano passado após a morte do fazendeiro branco Eugène Terreblanche, um feroz partidário do apartheid.
Bono e o grupo U2 comprometeram-se nos anos 80 com a luta contra o apartheid.
O roqueiro irlandês abriu uma polêmica domingo na África do Sul ao declarar em entrevista ao Sunday Times que a música "Shoot the farmer" (Atire no fazendeiro, numa tradução livre) tinha seu lugar, entre as canções engajadas.
"Francamente, somos conhecidos por músicas não violentas. O fato de alguém pensar que apoiamos isto é muito, muito louco", declarou Bono, em entrevista à emissora de Johannesburgo Talk Radio 702.
Bono expressou seu espanto pela polêmica, estimando não ter tido propósitos equívocos. "Há regras para este gênero de música", afirmou.
Em "Shoot the farmer", pode-se ouvir as palavras "Awudubele (i)bhulu" ("Atirem nos Bôeres", em zulu), designando os fazendeiros holandeses que colonizaram a África do Sul.
A canção, retomada por Julius Malema, o exaltado líder da juventude do Congresso Nacional Africano (ANC), foi motivo de um vivo debate no ano passado após a morte do fazendeiro branco Eugène Terreblanche, um feroz partidário do apartheid.
Bono e o grupo U2 comprometeram-se nos anos 80 com a luta contra o apartheid.
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