Museu italiano pede asilo à Alemanha
CASORIA, Itália, 5 Fev 2011 (AFP) -O diretor do Museu de Arte Contemporânea de Casoria (província de Nápoles, sul da Itália), desesperado por causa de ameaças da máfia e pela falta de compromisso do governo em proteger o patrimônio italiano, escreveu à chanceler alemã Angela Merkel para pedir-lhe asilo.
"Escrevi uma carta para a chanceler alemã Angela Merkel", declarou à AFP Antonio Manfredi, que dirige o museu próximo a Nápoles.
"Estou falando sério. Não se trata de uma espécie de performance artística. Se ela aceitar meu pedido de asilo, vou fazer as malas e me mudar para a Alemanha com meus funcionários e a coleção completa do museu, ou seja, cerca de mil peças", afirmou o diretor, que é também um escultor.
"A Alemanha é um dos poucos países que não cortou o orçamento da Cultura. Também oferece muito dinheiro para pesquisa, ao contrário daqui", acrescentou. Para mostrar sua determinação, Manfredi até hasteou uma bandeira da Alemanha em frente ao museu.
Nascido em Casoria, ele voltou a sua cidade natal depois de ter feito carreira no exterior, em países como China e Estados Unidos, e criou seu museu em 2005.
"Queria criar algo nesta cidade morta", explicou. Mas assim que começou a organizar exposições sobre a Camorra (máfia napolitana) e os problemas de integração dos imigrantes, ele passou a receber ameaças de morte e seu museu foi vandalizado.
Depois da criação do museu, ele não recebeu mais nenhum centavo do Estado e após o incidente em Pompeia ele desistiu de vez. Seus fundos vêm de seu próprio bolso e de patrocinadores privados, e artistas em visita às vezes lhe doam obras.
"Se um governo deixa Pompeia ruir, então que esperança pode haver para o meu museu?" perguntou-se. "Há um enorme problema com a Cultura na Itália".
"Escrevi uma carta para a chanceler alemã Angela Merkel", declarou à AFP Antonio Manfredi, que dirige o museu próximo a Nápoles.
"Estou falando sério. Não se trata de uma espécie de performance artística. Se ela aceitar meu pedido de asilo, vou fazer as malas e me mudar para a Alemanha com meus funcionários e a coleção completa do museu, ou seja, cerca de mil peças", afirmou o diretor, que é também um escultor.
"A Alemanha é um dos poucos países que não cortou o orçamento da Cultura. Também oferece muito dinheiro para pesquisa, ao contrário daqui", acrescentou. Para mostrar sua determinação, Manfredi até hasteou uma bandeira da Alemanha em frente ao museu.
Nascido em Casoria, ele voltou a sua cidade natal depois de ter feito carreira no exterior, em países como China e Estados Unidos, e criou seu museu em 2005.
"Queria criar algo nesta cidade morta", explicou. Mas assim que começou a organizar exposições sobre a Camorra (máfia napolitana) e os problemas de integração dos imigrantes, ele passou a receber ameaças de morte e seu museu foi vandalizado.
Depois da criação do museu, ele não recebeu mais nenhum centavo do Estado e após o incidente em Pompeia ele desistiu de vez. Seus fundos vêm de seu próprio bolso e de patrocinadores privados, e artistas em visita às vezes lhe doam obras.
"Se um governo deixa Pompeia ruir, então que esperança pode haver para o meu museu?" perguntou-se. "Há um enorme problema com a Cultura na Itália".
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