Topo

Morre modelo francesa símbolo da luta contra anorexia

29/12/2010 19h38

GENEBRA, 29 dez 2010 (AFP) -A imagem de seu corpo extremamente magro feita pelo fotógrafo Oliviero Toscani para uma campanha contra a anorexia, em especial no âmbito da moda, suscitou muita polêmica em 2007: Isabelle Caro, modelo e atriz francesa, morreu no dia 17 de novembro, aos 28 anos.

"A atriz francesa, sempre presente na mídia por seu combate à anorexia, faleceu no mês de novembro na maior discrição possível", revelou o site suíço 20minutes.ch, que não informou a causa da morte, nem o local.

Seu namorado, o cantor suíço Vincent Bigler, confirmou a morte de Caro, esclarecendo que ocorreu no dia 17 de novembro.

"Foi hospitalizada durante 15 dias por um problema no pulmão e ultimamente estava muito cansada, mas não sei a causa da morte", declarou o cantor.

Natural de Marselha (sul da França), Isabelle Caro posou para o famoso fotógrafo italiano Oliviero Toscani para uma campanha organizada pela marca de roupas italiana "No-I-ita", com o objetivo de mostrar as graves consequências de uma doença da qual ela mesma sofria desde os 13 anos.

"A magreza dá origem à morte e é tudo, menos beleza, é o contrário", dizia Caro, esperando que as meninas jovens entendessem, com a dureza de sua imagem, a realidade escondida por trás das revistas de moda.

Ela queria "despertar as consciências" sobre uma doença que atinge muitas modelos. "Esta foto, sem batom ou maquiagem, não me dá nenhum valor. A mensagem é forte: tenho psoríase, o peito caído, um corpo de pessoa mais velha", declarou Caro para justificar sua iniciativa.

Isabelle Caro era anoréxica desde os 13 anos. Em 2006, entrou em coma ao pesar apenas 25 kg e medir 1m65. Mas estava decidida a superar a doença: no início de 2010, anunciou que havia alcançado os 42 kg.

A campanha trouxe à tona as condições sofridas por muitas modelos no mundo da moda, e alguns profissionais se comprometeram a não aceitar modelos muito magras.

Entretanto, apenas Espanha recorre a uma norma obrigatória. Na França, Itália, Estados Unidos e Grã-Bretanha há uma autorregulação, mas não é obrigatória.