Chanel propõe busca da eterna juventude para o Verão 2006
PARIS, 7 out (AFP) - Ao escolher como tema de sua coleção "Coco encontra James Dean", cuja morte acaba de completar 50 anos, a 'maison' Chanel, que apresentou nesta sexta-feira sua coleção de prêt-à-porter para a primavera-verão 2006, resume suas ambições: continuar sendo um mito e simbolizar a eterna juventude.
"Um desfile da nossa época", resumiu Karl Lagerfeld ao terminar o desfile, celebrado no Grand Palais, um lugar que o estilista "adora".
Entre as personalidades que assistiram à apresentação estavam a primeira-dama da França, Bernadette Chirac, e as atrizes Virginie Ledoyen e Anna Mouglalis.
Os ícones da 'maison' Chanel estavam presentes, dos tweeds aos colares de pérolas e as camélias, que Lagerfeld reedita há mais de 20 anos.
Nesta temporada, o "pied de coq" gigante se infiltra nos tweeds em preto e branco mais "clássicos" e em tons verde pistache e rosa framboesa. A silhueta se adapta a bermudas justas nas coxas, sobretudo de jeans azul, evocação ao mítico ator americano, assim como as jaquetas de couro envelhecido.
A surpresa ficou por conta das estampas gráficas multicoloridas, pouco usadas na marca. Karl Lagerfeld também transmitiu um certo ar de "rock star" nas estrelas de canutilhos bordadas no couro e nas grandes camélias em três dimensões em uma saia curta de lurex cobre.
Depois do lado irreverente, a referência: vestidos pretos, assinatura de Mademoiselle Coco, desfilaram brincando com a transparência das musselinas e rendas e as opacidades dos bordados na mesma cor. Alternativo ao preto, o branco é imaculado.
Como acontece há várias temporadas, os homens também poderão vestir Chanel, já que a marca apresentou "propostas de roupas" em tamanho masculino.
Sonia Rykiel, por sua vez, demonstrou que sabe fazer viver e reviver a mulher parisiense como ninguém. Usando brincos com miniaturas da Torre Eiffel, a mulher Rykiel mostrou-se luminosa vestida de preto - cor favorita da estilista -, vermelho paixão ou toda coberta de brilhos.
O algodão enrugado lhe deu um leve toque masculino, mas ela preferiu o vestido, muito amplo com listras, cruzado em tule bicolor ou em forma de baby-doll.
Para a noite, tule ou seda azul, fúcsia ou preta.
Giambattista Valli, ex-diretor artístico do prêt-à-porter de Emanuel Ungaro, apresentou sua segunda coleção pessoal, destinada a uma clientela específica: mães ou filhas de boa família que querem vestidos de sonho. Assim, o estilista multiplicou as alusões à alta costura com grandes laços, efeitos vaporosos e drapeados. Tudo em tecidos luxuosos, como cashmere e shantung.
A grega Sophia Kokosolaki mostrou-se fiel a suas origens. Os drapeados são seu efeito favorito em trajes de vestais trabalhados com delicadeza. Até mesmo "spencers" trouxeram detalhes plissados. (Por Dominique Ageorges)
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