A 42 dias do Carnaval, escolas de samba do Rio ainda esperam verba oficial
A situação das Escolas de Samba do Grupo Especial do Carnaval do Rio não é das melhores, mas nada se compara ao que está acontecendo com as do Grupo de Acesso. Falta pouco mais de um mês para os desfiles da Série A e as 13 agremiações ainda esperam a liberação da verba da prefeitura.
Em nota oficial, a Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj) admitiu na tarde desta quarta-feira (27) que, até o presente momento, não houve assinatura do contrato entre a prefeitura do Rio de Janeiro e a Liga. O documento é responsável por permitir a liberação da verba já reduzida em 50%, ou seja, cada agremiação receberá 400 mil de subvenção. No Carnaval 2017, o valor foi de 800 mil.
A Lierj ressaltou que o valor dessa verba representa aproximadamente 80% dos recursos financeiros que são utilizados na realização dos desfiles. A entidade divulgou um comunicado nas redes sociais informando sobre a situação crítica que as agremiações atravessam. “O descaso compromete ainda mais as 13 escolas de samba do grupo, que já haviam sofrido por parte do poder público um corte de 50% no incentivo cultural".
A Riotur informou ao UOL que o contrato foi assinado no dia 16 de dezembro e encaminhado para a Secretaria de Fazenda, que até agora não liberou o empenho. Segundo o órgão, eles estão “em contato permanente com a pasta no aguardo de uma solução”.
A Lierj nega a informação e garante que ainda não há contrato fechado. Em tempo de crise, a entidade seguiu o caminho das agremiações do Grupo Especial e conseguiu a autorização do Ministério da Cultura para buscar recursos por meio da Lei Rouanet – lei de incentivo à cultura. Se conseguir empresas interessadas, a Lierj poderá captar até R$ 5,1 milhões.
Veja a nota da Lierj
A Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro ressalta que, até o presente momento, não houve a assinatura de contrato com a Prefeitura do Rio de Janeiro para o Carnaval de 2018 da Série A. O descaso compromete ainda mais as 13 escolas de samba do grupo, que já haviam sofrido por parte do poder público um corte de 50% no incentivo cultural.
Vale destacar que, caso o contrato não seja assinado no ano de 2017, as agremiações só receberão o valor após o Carnaval, uma vez que o exercício financeiro municipal deve permitir a liberação de novos recursos apenas em março de 2018.
A Lierj lamenta profundamente o incompreensível atraso, uma vez que as tratativas para a assinatura haviam sido iniciadas em junho deste ano.
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