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Psicólogo se inspirou em relação polígama para criar Mulher-Maravilha

Na vida real, Mulher Maravilha eram duas - Divulgação DC Comics
Na vida real, Mulher Maravilha eram duas Imagem: Divulgação DC Comics

Do UOL, em São Paulo

19/07/2017 16h43

Precisou completar 75 anos para que Mulher-Maravilha ganhasse um filme só seu. A aclamação em torno de sua estreia no cinema dá espaço agora à história da personagem.

Se nos quadrinhos a heroína foi esculpida em barro pela rainha Hipólita, na vida real a personagem nasceu da mente de um psicólogo americano, inspirado por suas duas mulheres.

É este o mote do filme “Professor Marston & the Wonder Women” (ou na tradução: Professor Marston e as Mulheres-Maravilha), com estreia prevista para outubro nos Estados Unidos, ainda sem data para o Brasil. Confira o trailer recém-lançado:

Relacionamento secreto

Dr. William Marston já havia ajudado a inventar o teste de detector de mentiras moderno, o polígrafo, mas entraria para a história dos quadrinhos com o pseudônimo Charles Moulton, alcunha criada para não manchar sua carreira acadêmica, já que na época os americanos tinham uma opinião desfavorável aos "comic books".

Mulher Maravilha - Divulgação/reprodução - Divulgação/reprodução
Imagem: Divulgação/reprodução
A ideia de Marston era criar um super-herói que triunfasse menos com poderes e mais com as palavras e o amor. Mas além de dar toques de sua própria história à heroína —que assim como seu criador, faz uso de um detector de mentiras, o laço da verdade—, Martson se inspirou completamente no relacionamento polígamo que mantinha em segredo.

Sua mulher oficial, a psicóloga Elizabeth Holloway Marston, teria dado o toque final na criação. “Faça-lhe uma mulher", pediu ao marido. Mas foi com a chegada da estudante Olive Charles Bryne na vida do casal que Mulher-Maravilha sairia de vez do papel.

O longa de estreia de Angela Robinson (que dirigiu episódios de “True Blood” e “As Panteras”) enfatiza que Olive teria inspirado a estética da personagem, mas não só isso. Seu nome do meio foi pego emprestado para o pseudônimo de Marston, e sua vivência nas comunidades universitárias femininas teria inspirado a alma feminista da personagem.