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Com espada de Maomé, museu destruído por carro-bomba é reaberto no Egito

O presidente do Egito Abdel Fattah al-Sisi (2º à esq.) participa da reabertura do Museu de Arte Islâmica do Cairo - AFP Photo
O presidente do Egito Abdel Fattah al-Sisi (2º à esq.) participa da reabertura do Museu de Arte Islâmica do Cairo Imagem: AFP Photo

Cairo (Egito)

18/01/2017 15h39

O presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, reabriu o Museu de Arte Islâmica do Cairo nesta quarta-feira (18), três anos depois de um carro-bomba ter destruído parcialmente o edifício.

O museu, que possui cerca de 100.000 relíquias, incluindo uma espada que supostamente pertenceu ao profeta Maomé, contém uma das maiores coleções da civilização islâmica do mundo.

O museu, no centro do Cairo, foi parcialmente destruído em janeiro de 2014, quando um carro-bomba explodiu em uma instalação policial próxima, em um ataque reivindicado por extremistas islâmicos egípcios.

A explosão danificou 179 relíquias, incluindo lanternas de vidro da época dos mamelucos, a casta militar de escravos que governou diretamente o Egito do século 13 ao século 16.

O ministro das Antiguidades, Khaled el-Enany, disse que 160 relíquias foram restauradas, na cerimônia de reabertura, que contou com a presença de al-Sissi e foi transmitida pela televisão.

Três novas salas de exposições foram construídas, e o museu agora exibe 4.400 relíquias, em comparação com as cerca de 1.450 de antes do atentado, disse o ministro.

A Unesco e vários países financiaram a restauração, incluindo os Emirados Árabes Unidos, que contribuíram com cerca de oito milhões de dólares.