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É errado pensar que assédio só existe em Hollywood, diz Jennifer Lawrence

Jennifer Lawrence, Emma Stone, Mary J. Blige, Jessica Chastain, Saoirse Ronan e Allison Janney estampam a capa da revista "Entertainment Weekly" - Reprodução
Jennifer Lawrence, Emma Stone, Mary J. Blige, Jessica Chastain, Saoirse Ronan e Allison Janney estampam a capa da revista "Entertainment Weekly" Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

15/11/2017 17h16

Jennifer Lawrence é uma das celebridades que estampam a capa da revista deste mês da "Entertainment Weekly", cujo tema é o assédio sexual em Hollywood.

Ao lado de Emma Stone, Mary J. Blige, Jessica Chastain, Saoirse Ronan e Allison Janney, a vencedora do Oscar afirmou que é "um equívoco pensar que isso acontece apenas na indústria de entretenimento".

"O entretenimento é tipo a etapa na qual você vê o funcionamento interno de problemas que existem no mundo. Se uma aeromoça fala algo sobre um piloto, não acaba nas notícias porque ninguém sabe sobre o que aconteceu", afirmou a atriz.

"Isso não significa que existe menos abuso sexual acontecendo em qualquer outro lugar do mundo, em outro ambiente de trabalho. Mas felizmente, estamos iniciando essa conversa agora", completa.

 As celebridades que estampam a revista também revelam intimidades. A cantora Mary J. Blidge, por exemplo, afirma que abraçou as roupas menos chamativas para evitar atenção, e que tal hábito mudou há pouco tempo.

"Eu só usava jeans largos e chapéus voltados para trás. Demorou muito tempo até mesmo a usar maquiagem e roupas apertadas, porque passei por muita coisa".

Já Emma Stone, vencedora do Oscar por "La La Land", apontou que é necessária uma reformulação até em trabalhos mais juntos, em que as atrizes recebam salários equivalentes aos dos colegas de trabalho.

"É essencial dizer que se as mulheres fossem pagas de forma igual em todas as indústrias, isso não ocorreria. As mulheres tiveram que se adequar por tantos anos apenas para ter um emprego, e se essas coisas acontecem [acusações de assédios], elas estão muito mais propensas a perder o emprego do que um homem", opina.

Lawrence reforça a ideia: "Eu acredito que muitas mulheres não estão denunciando porque elas estão com medo de não conseguirem trabalhar novamente".