O que o novo chefão do Oscar está fazendo para aumentar a diversidade?
Em sua primeira entrevista, John Bailey, novo presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, instituição responsável por organizar o Oscar, comentou à revsita "Variety" sobre os avanços em deixar a premiação cada vez mais diversa e representativa.
Durante a entrevista, ele se ressentiu com o repórter após ele sugerir que a instituição estava passando uma mensagem errada ao eleger um homem branco de 75 anos para substituir a antiga presidente, Cheryl Boone Isaacs, uma mulher negra.
"O que você afirmou é uma bobagem", disse o novo presidente. "Nasci branco e não posso mudar o fato de ter 75 anos. É um fator limitante? Essa pergunta é estúpida. Me desculpe. O fato de eu ser um homem branco de 75 anos de idade significa que eu tenho uma posição definida contra a diversidade? Então, tivemos uma presidente afro-americana por quatro anos [Cheryl Boone Isaacs]. O próximo presidente passa a ser branco. Isso significa um retrocesso? Claro que não. Eu fiquei ressentido que você [jornalista] tenha sugerido isso. Vamos falar sobre diversidade e não do fato de eu ser branco e ter 75 anos", afirmou Bailey.
A ex-presidente Cheryl se viu envolvida em uma polêmica em 2016 por falta de representatividade negra entre os indicados, fato que foi remediado na edição deste ano. Já Bailey é membro da Academia há 14 anos e trabalhou como diretor de fotografia nos filmes "Gigolô Americano" (1980), "Feitiço do Tempo" (1993) e "Melhor é Impossível" (1997).
Em seguida, na entrevista, o presidente elencou diversos programas promovidos pela academia, com 70 estagiários, de várias etnias e muitas mulheres negras. Citou ainda o programa que pretende diversificar os integrantes da Academia até 2020. Lembrou ainda dos 770 novos membros incluídos no ano passado.
O presidente falou ainda sobre idade, citando o cineasta espanhol José Luis, de 79 anos. "Mais velho do que eu", frisou. "Ele tem mais de 155 créditos em filmes e está no nosso radar".
"Uma das coisas sobre o programa de diversidade não é apenas falar sobre jovens de diferente etnias, mas procurar pessoas estrangeiras", concluiu.
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