Lei do retorno é mote de "O Outro Lado do Paraíso", nova novela das 21h
O ritmo é outro. A cidade é Palmas, no Tocantins, e, ao menos no cenário da novela, não há guerra de traficantes nem preconceito contra transgêneros. Mas novas polêmicas prometem manter os olhos e os corações presos na nova novela das 21h, "O Outro Lado do Paraíso", que estreia nesta segunda-feira (23).
Com assinatura de Walcyr Carrasco, a trama promete ser um folhetim clássico, contando uma história de amor, ambição, vingança e, acima de tudo, sobre a lei do retorno, que o autor acredita existir "além deste mundo".
"O que a gente faz aqui volta por bem ou por mal. Esse é o grande tema de ‘O Outro Lado do Paraíso’", define o novelista, que escolheu Bianca Bin para ser sua mocinha. Ela é a romântica e ingênua Clara, que vive no Jalapão e se divide entre dar aulas para crianças no quilombo da Formiga e ajudar o avô Josafá (Lima Duarte) em seu bar na cidade Pedra Santa. Ao conhecer Gael (Sergio Guizé), um mundo novo se abre para ela, que vai morar em Palmas.
A relação do casal se alterna entre momentos de felicidade e brigas por um ciúme doentio do marido, que chega às agressões físicas. Clara não será vítima apenas de violência doméstica, ela vai sofrer também nas mãos da sogra, a ambiciosa Sophia (Marieta Severo), que só aceita o casamento do filho com uma pobretona do interior porque sabe que trata-se de uma herdeira de um garimpo de esmeraldas, ainda que Clara seja contra a exploração da mina.
A ganância por poder e dinheiro é tanta que a matriarca vai internar a nora em uma clínica psiquiátrica. Clara ficará dez anos no local e quando sai só pensa em justiça.
"É uma história intensa, trágica, forte, romântica e muito sentimental. É também muito atual, principalmente no que diz respeito às questões relacionadas às mulheres. Vamos falar da violência doméstica com a trajetória de Clara, vamos falar do nanismo com a Estela (Juliana Caldas), que não é tão comum na dramaturgia, e do racismo vivido pela Raquel (Erika Januza). Existem outras polêmicas abordadas ao longo da novela”, adiantou o diretor Mauro Mendonça Filho, parceiro de Walcyr em outras produções como "Gabriela", "Amor à Vida" e "Verdades Secretas".
"A gente tem uma cumplicidade forte, honesta e solidária. Sou um defensor da dramaturgia dele", elogia Mauro.
Sérgio Guizé estreia no horário nobre da Globo com um papel bem diferente do que já fez, para resumi-lo pode se dizer que é um vilão. Mas há mais por trás do personagem. "Gael é complexo e tem muitas camadas. A grande vilã mesmo é a Sophia , mãe dele. Ele é refém da cultura opressora e machista da família e do veneno dessa mulher, que pinga na novela inteira”, explica o ator, que espera ser odiado. "Não estou preparado, mas acho que isso vai acontecer."
"A Sophia é péssima", brinca Marieta Severo sobre sua personagem.
"Não gosto de rotular, de chamar ou não de vilã, mas ela vai conduzir vários atos malévolos [risos]. A Sophia sempre quer o poder e acha que a vida é regrada por isso. Não sei até onde ela vai, mas sei que ela vai longe para conquistar seus objetivos", adiantou a atriz.
A veterana concorda que a nova novela das 21h já começa com a missão de manter a boa audiência de "A Força do Querer". "Estamos com uma responsabilidade grande porque eles estão entregando a bola alta. Mas a gente está trabalhando direitinho", observa Marieta.
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