Oscar 2017: “Florence” e “Marguerite” contam a mesma história, mas são filmes bem diferentes
Quem for assistir "Florence, quem é essa mulher?" deve ver também a versão francesa da mesma história, "Marguerite", exibida nos cinemas simultaneamente. A comparação será inevitável. As duas produções contam uma mesma trama, mas são diferentes. Cada filme dá a sua versão à história real da ricaça Florence Foster Jenkins (1868-1944) – basicamente uma mulher iludida com a ideia de que era uma excelente cantora lírica, mas era péssima, e todos a adulavam e a incentivavam a cantar por ela ser muito rica.
"Marguerite", com a excelente Catherine Frot como a protagonista, se passa em Paris, na década de 1920. O filme americano traz Meryl Streep como Florence e a ação se dá em Nova York nos anos 1940, como na história real. Em comparação, o filme francês é mais sóbrio enquanto o americano é mais colorido e exuberante, o que intensifica a figura caricata da Florence de Meryl Streep.
Percebe-se nos dois filmes o bom trabalho na adaptação de roteiro. Cada um cria entrechos diferentes, mas seguindo a mesma trajetória da personagem. Eu tenho uma queda maior por "Marguerite", talvez por tê-lo visto por primeiro, mas também porque, visualmente falando, acho mais atraente que o outro. Mas os dois são bons, dentro de cada proposta. 4 estrelas para "Marguerite" e 3 estrelas para "Florence": Meryl brilha no filme, mas fiquei impressionado com Hugh Grant, ótimo como nunca havia visto.
2 indicações para "Florence, quem é essa mulher?": atriz (Meryl Streep) e figurino.
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