Novos Mutantes pode trazer a beleza de um filme desconectado de um universo
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"Os Novos Mutantes" compartilha com Mick Jagger o mérito duvidoso de ser um tremendo pé frio. Desde seu anúncio, ainda em 2017, a aventura dos mutantes da Marvel saiu e voltou para a gaveta tantas vezes que terminou órfão. Dirigido por Josh Boone ("A Culpa É das Estrelas"), o filme seria uma tentativa de usar os personagens para criar um terror legítimo, uma mistura inusitada de "O Clube dos Cinco" com "Um Estranho no Ninho".
A indefinição sobre essa direção que o projeto poderia tomar terminou embolada com todo o processo da compra da Fox pela Disney. Com a poeira assentando, "Os Novos Mutantes" não faz mais parte do agora inexistente universo de heróis mutantes iniciado em 2000 com "X-Men" (encerrado com o decepcionante "Fênix Negra"). Também não teve aprovada a carteira para o clube do MCU, que conecta os personagens Marvel em filmes como "Pantera Negra", "Guardiões da Galáxia" e "VIngadores: Ultimato".
Isso deixa o filme de Boone em uma posição de certa forma privilegiada: sem a obrigação de estar ligado a uma dúzia de outras produções, "Os Novos Mutantes", que agora tem estreia marcada para agosto, pode ser apreciado como um filme único, de méritos próprios, capaz de ser consumido ser a necessidade de bula. Essa "novidade" que vem do passado é o foco de minha coluna em vídeo para essa semana.
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