Ao contrário de Neymar, "Central da Copa" de Tiago Leifert está melhorando
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Tiago Leifert é um grande apresentador. O nobre leitor pode até desgostar do jeito como ele conduz seus programas, mas é inegável que o cidadão sabe imprimir seu ponto de vista e criou um estilo bastante pessoal. São características cada vez mais fundamentais para quem pretende fazer sucesso em qualquer mídia.
A forma como apresentava o "Globo Esporte" de São Paulo, e isso já tem 10 anos, foi responsável pelo assombroso crescimento profissional. A migração para programas como "The Voice" e "Big Brother Brasil" foi meio que natural. Mas o baile de debutantes de Tiago Leifert foi o projeto "Central da Copa" em 2010.
Ali que o jornalista foi apresentado à sociedade brasileira de maneira mais abrangente e todos puderam prestigiar sua forma de trabalhar. É suficiente dizer que todo o departamento de jornalismo da Globo passou por intensa reformulação desde então, aposentando os repórteres mais engessados e investindo na descontração e no bom humor. A cobertura esportiva em especial virou, de certa forma, passeio.
Depois de uma temporada bastante confusa em 2014, quando estava mais sob a aba de Alex Escobar do que qualquer outro, Leifert retomou a apresentação do "Central da Copa" na presente edição da Rússia. Ladeado pelos ótimos Bárbara Coelho, Caio Ribeiro e o ex-goleiro Júlio César, o apresentador volta ao esporte demonstrando que conseguiu ampliar seu repertório depois de todos esses anos no entretenimento.
Os primeiros programas deste ano não chegaram a ser muito bons. O episódio de domingo, depois da partida de estreia da seleção brasileira, chegou a ser encerrado antes do tempo previsto. Com alguns ajustes, ficando até mais informativo, ainda que sem perder a ternura, deu uma boa guinada durante esta semana.
Ao contrário de Neymar Jr., que continua apresentando um futebolzinho requenguela na terra dos meus primos Romanov, a "Central da Copa" está melhorando durante a competição. A notícia é boa também para o humorista Márvio Lúcio, o popular Carioca, que estava com certa dificuldade para emplacar o personagem Cascadura. O que era um meio-termo esquisito entre imitação de Galvão Bueno e personagem autoral acabou engrenando nos últimos dias, inclusive com uma ótima paródia aos anúncios de novelas durante os jogos.
E o melhor de tudo, esse ano parece ser o único programa esportivo da Globo livre de mascotes e bonequinhos. Quem aí ficou com saudades daquele lamentável Messi robô dublado pelo Nizzo Neto?
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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