Deborah Secco deveria fazer todas as novelas das 9

Começou muito bem essa tal “Segundo Sol”. Dois capítulos movimentados e divertidíssimos, com o básico da teledramaturgia em embalagem luxuosa, mais ou menos do jeito que “Avenida Brasil” nos deixou mal acostumados.
E a melhor novidade, pelo menos desse fôlego inicial, é na verdade um retorno. Deborah Secco passou tempo demais longe das novelas das 9, que é seu habitat natural. Independente da trama ou do tipo de personagem, a atriz sempre surge com grande destaque.
Agora no papel de Karola, Deborah não teve maiores problemas para atrair todas as atenções para si. Tem o perfil que ela sempre executa com raro brilho, a oportunista matreira que fará o possível para atingir seus objetivos mais escusos. Vem coisa boa por aí.
Não bastasse o talento, Secco está entre as grandes musas da dramaturgia latino-americana. Sua presença preenche a tela com charme, carisma e uma irrefreável sensualidade. É também uma performer com excelente tempo para comédia -- não é por acaso que costuma ser escalada para papéis de anti-heroínas com senso de humor.
Pelo bem do horário nobre, seria ótimo contar com a atriz em todas as tramas das 9. O problema talvez seria diferenciar uma da outra, já que todas as produções que contam com sua luminosa presença acabam virando “aquela novela da Deborah Secco”.
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