Mea culpa: a crítica foi injusta com "O Outro Lado do Paraíso"
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"O Outro Lado do Paraíso" é um dos maiores sucessos dos últimos tempos na televisão brasileira. Conseguiu trazer o telespectador de volta para as novelas, com efeitos percebidos até mesmo nos programas que vem na sua sequência - vide os recordes conquistados pelo "BBB18" e os excelentes índices das séries que estrearam depois.
As tramas completamente estapafúrdias caíram na boca do povo. A Clara de Bianca Bin recebeu a torcida do público como há tempos não tínhamos a oportunidade de ver. Marieta Severo brilhou como uma vilã que parece saída das tardes de reprises mexicanas do SBT.
Diversas questões sociais relevantes foram levantadas com rara maestria: a novela conseguiu conseguiu errar a mão em todas. É um feito e tanto. Crimes como racismo foram resolvidos com uma conversa e um aperto de mãos. O marido abusivo foi perdoado depois de uma sessão de descarrego. Curaram traumas psicológicos com os préstimos de uma advogada que é coach nas horas vagas.
Ainda mais psicodélica, na minha humilde opinião, foi a situação da personagem Estela, de Juliana Caldas. Em um primeiro momento, a ideia de escalar uma atriz anã parecia excelente como fator de normalização. Só que a única função dela na trama era ser humilhada pela mãe, que chamava a moça de "monstro". Quando arranjou um pretendente, fizeram ele ficar cego para perceber que estava realmente apaixonado pela senhorita fora dos padrões.
A novela não ajudou a evoluir nenhum dos temas pretensamente debatidos. Talvez tenha até atrapalhado, dado o tamanho do sucesso.
Mas o fato é que a crítica é sempre blasé com produtos populares e não se fez de rogada ao esculhambar o trabalho de Walcyr Carrasco. Pois considero essa uma grande injustiça: deveria ter reclamado muito mais.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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