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Única reputação ameaçada por "O Mecanismo" é a do ator Selton Mello

Selton Mello em cena de "O Mecanismo" - Pedro Saad/Netflix
Selton Mello em cena de "O Mecanismo" Imagem: Pedro Saad/Netflix

30/03/2018 13h36

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Toda sexta-feira a Coluna Chico Barney dá uma geral nas questões mais relevantes da semana.

Não tá fácil pra ninguém

A estreia da série "O Mecanismo", segunda produção brasileira da Netflix, rendeu uma resenha da nossa querida ex-presidenta Dilma Rousseff. O texto fala que a trama de José Padilha serve ao "assassinato de reputações".

A principal bronca da esquerda, de maneira geral, é uma frase que na vida real foi proferida por Romero Jucá e em dado episódio do programa é atribuído ao presidente Higino, um personagem análogo ao Luís Inácio Lula da Silva.

Política à parte, se é que é possível a essa altura do campeonato, creio que a única reputação colocada realmente na berlinda é de Selton Mello. O distinto ator entrega um trabalho muito abaixo da média.

A narração dos episódios não lembra em nada o brilhante dublador de sucessos como "A Nova Onda do Imperador" ou "Karate Kid 2". Claro que o texto didático estilo audiodescrição não ajuda muito, mas a decisão de imitar a voz do Robotron é bastante pitoresca. Talvez uma homenagem ao Robocop do Padilha?

Olha as coisas melhorando

Roberto Justus continua dando as melhores entrevistas. Daniel Castro pinçou algumas declarações primorosas da passagem do publicitário no programa "Melhor da Tarde" de Cátia Fonseca.

Sobre a carreira musical, foi enfático: "Eu não sou idiota, tenho autocrítica e sei que canto direitinho". Dado o começo da frase, jamais imaginaríamos que a conclusão seria essa.

Mas gostei que ele assumiu não ter o physique du rôle para apresentar coisas como "A Fazenda". "Eu sou mauricinho, a Ana Paula [Siebert, sua mulher] é patricinha. Mas vou para o sítio e uso chinelo, short. Minha camisa combina com o short. Sou estético por essência".

É um alívio saber que "O Aprendiz" tem grandes chances de retornar à televisão brasileira. Espero que a ideia não bata na direção da Band e vire uma nova versão de "Masterchef" com empreendedores.

Em sociedade, tudo se sabe

Edna Velho está no panteão das personalidades inesquecíveis da televisão brasileira. Graças ao seu extenso trabalho na "Praça é Nossa", onde contracenou com monstros sagrados como Rony Rios, é presença recorrente na memória afetiva de muitos brasileiros.

A atriz hoje continua fascinada por televisão. Está no Twitter fazendo interessantes observações sobre assuntos tão diversos quanto "The Voice Kids", "O Outro Lado do Paraíso" e a violência no Rio.

Meus parabéns

"Indecente" é a melhor novidade de Anitta em algum tempo. Apesar do clipe, que aí sim valeria a pena apagar e publicar um emoji no lugar.

Meus pêsames

Iza está com tudo para arrebentar como a mais fascinante artista deste país. Infelizmente lançou uma música que parece jingle de concessionária com temática sobre a Copa do Mundo. Mas tenho certeza que vai dar tudo certo em uma próxima oportunidade.

Pra quem gosta...

Se o amigo leitor ficou curioso para conhecer um pouco mais sobre a misteriosa figura do Robotron, recomendo a série "Fadinha do Brasil", comovente programa infantil independente que foi ao ar pela RedeTV! durante algum descuido da sociedade civil. Protagonizado pela Mulher Pêra, a atração promoveu um importante debate sobre ecologia e falta de recursos ambientais, intelectuais e, sobretudo, financeiros.

Voltamos a qualquer momento com novas informações.