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Carnaval e novela: a maré de azar de Juliana Paes em premiações

Bruna Prado/UOL
Imagem: Bruna Prado/UOL

15/02/2018 13h02

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O retorno de Juliana Paes ao posto de rainha de bateria foi amplamente festejado. Vivendo um novo auge da carreira, encontrava-se também ainda mais exuberante do que de costume. Eis que a agremiação pela qual desfilava, a sempre estrelada Grande Rio, foi sumariamente rebaixada pela intelligentsia momesca.

Longe de mim questionar as decisões soberanas dos jurados da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro), mas Juliana Paes é a maior injustiçada deste Carnaval carioca. Estamos falando da mais icônica celebridade carnavalesca de sua geração, tendo voltado ao posto depois de dez anos. Mas é do jogo --a situação não diminui em nada o brilho da performance de tão portentosa rainha.

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O problema é que esse revés não é um fato isolado. Apesar de incensada pela crítica e amada pelo público, Juliana Paes não vem conseguindo tirar do peito o grito de "é campeão!".

Juliana Paes de Bibi Perigosa - Reprodução/Globo - Reprodução/Globo
Juliana Paes de Bibi Perigosa
Imagem: Reprodução/Globo

Antes do episódio carnavalesco, a atriz marcou época com o papel de Bibi Perigosa na novela "A Força do Querer", arrasa-quarteirão de Glória Perez que devolveu a fartura ao Ibope noturno da Globo. A imprensa pareceu unânime: foi seu melhor trabalho até aqui.

Como prova da relevância popular do trabalho, Juliana chegou a estampar embalagem de droga apreendida pela polícia. Trata-se do mais profundo marco na carreira de qualquer celebridade, discutível honraria relegada apenas a ícones como Adriano Imperador, Amy Winehouse e o Fuleco.

A aclamação unânime não encontrou eco nas premiações que costumam laurear os destaques da televisão brasileira anualmente. Franca favorita da categoria "atriz de novela" no Melhores do Ano, promovido pelo "Domingão do Faustão", foi vencida por Paolla Oliveira.

Mesmo o Troféu UOL TV & Famosos, do qual orgulhosamente fiz parte do júri, também escolheu outra profissional em seu lugar. Eu mesmo, fã confesso de Paes, acabei votando na suntuosa performance de Ísis Valverde como Sereia Ritinha. Já não sei mais se fiz certo.

Estariam os pés de Juliana Paes passando por um processo de resfriamento? Para afastar qualquer resquício de "maldição" à moda Mick Jagger, espero que os jurados do vindouro Troféu Imprensa possam redimir a crítica especializada. É a última chance de o Brasil fazer justiça a uma de suas mais exemplares cidadãs.

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