Theo Becker é o nosso Robert Downey Jr. e Jesus será seu Homem de Ferro
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Theo Becker é o nosso Robert Downey Jr., e Jesus Cristo pode ser seu Homem de Ferro. Nutro muita simpatia pelo ator e grande vulto do reality show brasileiro. É um sujeito irremediavelmente humano, que se entrega de corpo e alma a tudo o que faz.
E é por isso que apoio tanto o nome dele para interpretar o Nazareno na vindoura novela bíblica da Record, ainda sem título. Só quem passou por poucas e boas e agora luta para dar a volta por cima pode entender a dimensão de tal personagem --assim como o supracitado ator americano fez no filme que deu origem à bilionária saga da Marvel nos cinemas.
Tive a oportunidade de ouro de conversar com Theo a respeito do adiamento de "Topíssima", produção para qual ele estava escalado, a possibilidade de interpretar o cordeiro de Deus e também o relacionamento com Bruno Gagliasso.
Coluna Chico Barney - O que o senhor sabe sobre o futuro da novela "Topíssima"? O fato de estar batalhando pelo papel de Jesus em outra produção da Record é um indício de que a novela não ressuscitará?
Theo Becker - "Topíssima" será uma das tramas mais atuais de todos os tempos, com núcleos distintos e vai realmente prender o público de diversas formas. O personagem que me foi concedido na trama é sensacional. Taylor, um americano que já amo. Feliz também por trabalhar ao lado de Guilherme Winter e de Maurício Mattar. Um trio barra pesada! Mas estou triste pelo fato de ela ter sido adiada.
Meus fãs estão pedindo há bastante tempo, eu estou parado e o papel em questão é ninguém menos que Jesus. Eu aceitaria na hora ser remanejado, pois sei que meu forte são as cenas de drama. Fiz "Escrava Isaura" e preparei todas as cenas sozinho no hotel. Cresci com professores me dizendo o significado do meu nome: Theo é "Deus" em latim. Meu maior ídolo e exemplo de superação. E depois fiquei sabendo que Becker é "Homem do Pão, padeiro".
Seria a maior honra para um ator brasileiro essa personagem. Nos últimos anos, passei a me identificar com todos os sofredores que vão vencer um dia. E esse dia está chegando para todos que realmente fizeram por merecer.
Vejo que as pessoas em geral estão muito receptivas ao seu nome como Jesus Cristo da Record. A que se deve tanto apoio?
Eu diria que um milagre. Há dez anos que as pessoas vêm entendendo melhor tudo que aconteceu (na "Fazenda"). E as reprises de novelas que participei me salvaram pela qualidade e saudade que sentiam do meu trabalho. Muitas pessoas se sensibilizando com minha história e, aos poucos, dando as mãos para lutarem juntas comigo.
É realmente bastante gente com sangue nos olhos. Juntando com o antigo público que se criou em 2004, quando tudo começou com o pé direito para nosso mercado abrir. Topei e vesti a camisa do slogan "a caminho da liderança" que foi criado [pela Record], além das mulheres que se apaixonaram por Alvaro [personagem de Theo no remake de "Escrava Isaura"] e ainda estão carentes até hoje.
Voltaria para a Globo se houvesse uma oportunidade?
Primeiro quero ter uma história de amor com a Record, que me deu tudo que tenho. Quero fazer história e igualar audiências que já fiz várias vezes. Aí sim, depois de tudo bem explicado, um dia voltar para a emissora que me lançou no horário nobre com um belo personagem de peso que foi Caio Mendes [na novela "Celebridade", atualmente em exibição no "Vale a Pena Ver de Novo"].
Quem foi o melhor amigo que você fez no meio artístico?
Tiago Santiago [autor de novelas como "Os Mutantes"], sem dúvidas. Um mestre, guru. Rei dos melhores conselhos. Ele tem que voltar urgentemente. Assim como Gilberto Braga, sabe criar um vocabulário único e diferente para cada personagem. Fazem tudo ficar mais lindo e mais fácil.
Citaria como amigo na Globo o Bruninho Gagliasso. Fizemos nossa primeira peça juntos, "Os Meninos da Rua Paulo". Entramos no mesmo dia, apesar de já estarem em turnê. Quando viajávamos, sua mãe pedia que eu cuidasse dele. E eu cuidava. Depois fizemos a primeira novela juntos no horário nobre. Por umas bobagens, Bruninho era mais novo, nós dois imaturos. Nos afastamos um pouco. Mas sei que nos gostamos ainda. E que ele torce por mim e se preocupa com o irmão mais velho que um dia eu fui.
Quem foi o maior inimigo que você fez no meio artístico?
Fui eu mesmo, de longe. Sempre tive um lado para gostar de baladas e festas, tanto que trabalhei com isso. E serviu para eu ver que não leva a nada e só traz riscos. Mas o meu lado do bem venceu essa batalha. Escolhi o caminho da família, do carinho, da parceria e do amor. Hoje não saio mais para festas. Apenas penso em trabalhar, cuidar do meu filho da melhor forma possível e garantir um bom futuro a ele.
Na companhia de quem o senhor gostaria de transformar água em vinho?
Adoraria que a Record trouxesse alguns colegas meus de teatro como Daniel Marinho, Vinicius Vommaro, Maurício Silveira, entre outros. Roco Pitanga, Jorge Pontual, Marcos Palmeira, Fábio Assunção, Bruno Gradim, Carlos Bonow. Entre diretores, adoro muito Edgard Miranda, juntamente com seu irmão e meu amigo de tênis Leonardo Miranda, Hamsa Wood, Vicente Barcelos.
Entre as mulheres, adoraria contracenar novamente com minha parceira de teatro Monique Alfradique, Renata Domingues, Bianca Rinaldi, pela química que possuímos que nunca se perderá, Paloma Bernardi, Marina Ruy Barbosa e, para finalizar, Bruna Marquezine. Aí sim! Posso te garantir um primeiro lugar no Ibope, hahaha, abraços.
***
Reforço uma vez mais: será a maior frustração do ano se Theo Becker não conquistar esse merecido papel de Jesus Cristo.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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