Band e outras emissoras em crise tem muito a aprender com o YouTube
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Quase todas as emissoras estão em crise financeira, o que acarreta demissões em massa e uma programação cada vez mais capenga. A Band acabou com programas importantes como o "Pânico" e se prepara para lançar novidades que provavelmente terão altos custos, como o Amaury Jr viajando pelo mundo. Por mim, tudo bem.
Só que as TVs tendem a ganhar muito quando perceberem que o YouTube não é só aquele amontoado de jovens berrando e fazendo algazarra. Existe uma miríade de produtores de conteúdo com públicos de toda estirpe.
O termo ‘youtuber’ está quase virando um chavão demodê, como pindarolas, food truck e paleteria. O frenesi em torno dos ídolos teen da plataforma de vídeos do Google, além das constantes polêmicas em que alguns vacilões se metem, acabaram desgastando um pouco a categoria em setores do mercado.
Mas lá, assim como no Instagram, existem muitos caminhos para oferecer entretenimento e informação de boa qualidade sem precisar recorrer às estruturas nababescas que mesmo as emissoras mais pobres fazem questão de ostentar. Equipes enxutas são, infelizmente, uma realidade de nossa época. O modus operandi de canais no YouTube pode ensinar muito a conviver com isso e oferecer uma programação variada e mais barata.
E nem acho que o caminho seja pegar youtubers de diversas procedências e enfiá-los entre um horário vendido para igreja e outro. Mas diminuir a escala, ganhar agilidade e promover novos talentos do próprio elenco em formatos baratos e de fácil execução.
Ainda usando a Band como exemplo, novos talentos como Joana Treptow no jornalismo e Lucas Selfie no entretenimento já tem cancha pessoal e profissional para ajudar a emissora a implementar esse tipo de novidade de maneira mais ampla. É só não deixar a oportunidade passar e fundar logo uma nova era na televisão brasileira. Precisamos ter orgulho de nossas restrições orçamentárias.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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