Belfort é o mais importante atleta brasileiro da história fora do futebol
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Aos 39 anos, com mais de duas décadas lutando em altíssimo nível, a verdade é que as coisas já deram certo por tempo demais para Vitor Belfort.
Ainda estávamos nos conturbados anos 90 quando o jovem atleta virou ícone do jiu-jítsu e do UFC no Brasil. Na Era dos Pitboys, fugia das presepadas dos seus pares e já vislumbrava uma viabilização de longo prazo para a própria carreira. Virou capa de caderno, estampou camisetas, serviu como base para uma marca que é sinônimo do movimento daquela época, a Bad Boy. Tudo isso em um período que o esporte não era tão profissional quanto hoje, tampouco os esquemas de marketing e direitos de imagem. Mas Belfort foi o primeiro lutador que conseguiu levar o esporte a novos patamares de popularidade no Brasil.
Querido pelo público, não teve vida fácil entre seus colegas de labuta. Foi acusado de “creonte” ao trocar de academia. Ficou com a pecha de traíra que perdura até hoje – e foi usada de maneira covarde por pessoas desrespeitosas como Anderson Silva, o Eike Batista do UFC. Também virou piada por se tornar religioso e fazer questão de professar sua fé em todas as oportunidades possíveis. Mesmo mais velho e com distúrbios pra lá de hormonais, voltou novamente como sinônimo de MMA no espetacular renascimento brasileiro do UFC a partir de 2009. Se não foi tão vitorioso quanto outrora, foi fundamental para a expansão do negócio dos Fertitta no país, protagonizando mais main events que qualquer outro compatriota por aqui.

Ao longo de duas décadas, Vitor Belfort estabeleceu-se como o principal nome de um esporte que de fato se tornou popular no Brasil, tanto nos números de audiência quanto de praticantes. Foi ele o luminoso peregrino que pavimentou caminho para esportistas melhores e até mais midiáticos tivessem a oportunidade de fazer fama e fortuna com o jiu-jítsu e o MMA.

Voltamos a qualquer momento com novas informações.
* Uma versão deste texto foi publicada na Revista Chico Barney em março de 2017
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