Música nova de Simone & Simaria com Alok é ruim, mas logo acostuma
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A rapaziada que curte sertanejo não perde a oportunidade de curtir uma festinha. E uma boa balada, mesmo que sertaneja, não se priva do direito de tocar também música eletrônica. Mas a ganância dos burocratas capitalistas continua a ser o principal motor da cultura universal. Quem oferecia um sertanejo mais moderno, por vezes conhecido como sertanejo universitário ou ainda o famigerado “feminejo”, precisou ampliar sua área de atuação para encurralar a concorrência.
Na gentrificação da música popular brasileira, o artista é um pouco parecido com a Disney. No intuito de diversificar seus negócios e conquistar novas fontes de renda, todo mundo está fazendo aquisições para faturar mais. Pena que o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) não fiscaliza.
Simone & Simaria fizeram história como vocalistas do Forró do Muído, depois partiram para uma bem-sucedida carreira no neo-sertanejo. Continuam fiéis à sofrência, mas amenizam suas características mais radicais para soar palatável a um número maior de ouvintes.
“Paga de solteiro feliz” é uma parceria com Alok, DJ que vem fazendo fama e fortuna ao produzir músicas tão genéricas que passam a impressão de que sempre existiram. O novo rei da “deja vu music” fez com que o lançamento parecesse um hit do Ace of Base diretamente dos primeiros dias de 1991.
Essa mistura de ritmos é uma evolução natural da fusão entre sertanejo e funk que assolou o país nos últimos meses. Além das irmãs uibaienses, Luan Santana e Lucas Lucco também surgem como arrimos de tão eloquente tendência.
A questão que menos importa a essa altura do campeonato: a canção nova é boa? Certamente não. Muito pelo contrário, inclusive. Mas música pop é como dor nas costas, chega uma hora que acostuma.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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