É uma pena que Neto faça tanto sucesso, diga-se de passagem
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Neto é um dínamo popular. Faz sucesso na TV, na internet e em condomínios de São Paulo. Mesmo em uma emissora menor, consegue ter uma relevância impressionante. Polêmico na época das 4 linhas, continuou um adorável fanfarrão quando começou a comentar os jogos. Não tardou até ganhar uma atração própria, diária, nas tardes da Band.
Em um recente desabafo no programa "Donos da Bola", na Band, o ex-jogador reclamou da pressão que recebe dos torcedores por onde quer que passe. O motivo é a má fase do Corinthians, que liderou com folga durante boa parte do Brasileirão e agora vê seu posto ameaçado após recorrentes derrotas.
O grande trunfo de Neto é falar de um jeito desarmado, como se fala nos bares ou estádios de futebol. É um apaixonado pelo esporte, vivenciou intensamente a experiência de jogar bola profissionalmente e soube como poucos traduzir tudo isso em uma persona que é caricata e ao mesmo tempo muito genuína.
Isso tem bastante a ver com o sucesso dos youtubers, diga-se de passagem. Saber falar com o público certo, trazer um ponto de vista com a sua verdade e criar uns bordões desgraçados são a base para a comunicação do século 21. Agora só falta o Neto mergulhar em uma banheira cheia de Nutella.
É bem verdade que existem episódios folclóricos, como o clássico tuíte garantindo Seedorf no Corinthians. Mas nada que abale sua reputação. Quem gosta, não se importa. Quem não gosta, continua dando corda para falar mal depois.
E é assim que ele continua em alta há tanto tempo. Trata-se de um excelente sopro de vitalidade e verdade na cobertura esportiva - que vem se adequando com cada vez menos pudor a uma bem-vinda mistura de jornalismo com entretenimento.
Minha nota de desagravo sobre o sucesso de Neto como apresentador e comentarista vem justamente da falta que uma figura como ele faz em reality shows. Imagine o craque no lugar do Dinei na "Fazenda" ou no "Power Couple". Infelizmente continuaremos privados de momentos de muita alegria --para a sorte dele, que deve preferir os gracejos do porteiro quando o Timão perde em vez discutir limpeza de banheiro com a Rita Cadillac e o Conrado.
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