Rock in Rio direto do sofá: a transmissão da TV no primeiro fim de semana
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Mais um ano se passou e não fui convidado para nenhuma festinha ou jabaculê referente ao Rock in Rio. Assim fica fácil manter minha integridade jornalística intacta, e olha que nem jornalista sou.
Sobrou pra mim passar o fim de semana inteiro no aconchego do lar prestigiando pela na TV o festival, só pra ter assunto no cafezinho da firma na segunda-feira.
Preparei com muito carinho uma breve resenha sobre as coisas que mais me chamaram a atenção na espetacular transmissão promovida por Multishow e Globo.
O que lamentei muito
Wikipédia para encher linguiça
Entre um show e outros, os 37 apresentadores e repórteres do Multishow sentem a necessidade de contextualizar vida e obra dos artistas. O uso de adjetivos empolados para falar de coisas como a trajetória da Blitz, além da sisudez de uns caras de barbicha citando artigos da Wikipédia, são subterfúgios que não convencem mais ninguém. Posso dizer por experiência própria.
Lotação máxima
São realmente cerca de 37 apresentadores e repórteres no Multishow. Nem a Copa do Mundo mereceu uma cobertura tão extensa. E quando você acha que decorou o nome de alguém, eles trocam o turno e surge a Xuxeta.
Frases feitas
“Miga, sua louca” e muitos outros refrões da preguiça de pensar foram usados e abusados na transmissão do Multishow. Com o agravante da maioria dos envolvidos não parecer viver mais dentro do universo millennial.
Depoimentos pessoais dos apresentadores e repórteres
O jornalismo gonzo de opinião reinou no fim de semana. Decanos do jornalismo de festinha relembrando com saudades grandes bocas livres do passado - infelizmente sem entrar na narração dos detalhes sórdidos.
O que funcionou
A busca por uma Katilce
O esforço jornalístico e antropológico do Multishow para resgatar a menina que tirou a selfie com Justin Timberlake e arruinar o resto do show para a moça foi válido. Rendeu histórias boas: ela revelou que não era seu aniversário e que inventou qualquer migué para cabular o serviço na segunda, o que provavelmente resultará em demissão ou uma ótima pauta para o Fantástico.
A grade
Organizando direitinho, ninguém precisa ficar ouvindo as abobrinhas dos especialistas. Os últimos shows do Palco Sunset foram revezando com as atrações do Palco Mundo, deixando pouco espaço para maiores egotrips.
Bruno de Luca em estado de graça
De óculos escuros, Bruno de Luca dá de ombros, esculacha entrevistados, ri muito das coisas que pensa e evita dizer. Não está nem aí para nada, o que é garantia de puro entretenimento. Suas reportagens só melhoraram esse ano, espero que a experiência vire algum tipo de projeto estruturado, pois há potencial.
Marimoon brilhando muito
Acrescentou muito à transmissão da Globo. Comedida nas intervenções e sempre com alguma relevância, sua luminosa presença foi a melhor coisa do evento - pelo menos junto com os shows principais de domingo. Precisa ser efetivada como setorista de juventude na emissora carioca.
E a rigor seria isso.
Bom, de resto era só uma galera tocando música. Algumas eu conhecia, outras nem tanto. Vida que segue.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
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