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Punk vs. punk: Vocal do Toy Dolls responde Inocentes, Mercenárias e a Plebe

Após oito anos, trio punk Toy Dolls volta ao Brasil para três shows - Divulgação
Após oito anos, trio punk Toy Dolls volta ao Brasil para três shows Imagem: Divulgação

08/08/2018 07h00

A lendária banda punk Toy Dolls desembarca no Brasil neste fim de semana para três shows. A primeira cidade a receber os britânicos, com ingressos esgotados, será Curitiba (Hermes Bar), nesta sexta (10). No dia seguinte, o trio toca em Goiânia (Martim Cererê) e no domingo em São Paulo (Carioca Club).

O show da capital paulista foi marcado no Fabrique Club, mas, devido à grande procura, a apresentação precisou ser transferida para o Carioca, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

Até o momento da publicação deste texto, só havia ingressos para camarote. Os valores variam entre R$ 200 (1º lote, meia) e R$ 400 (inteira).

Na primeira vez que esteve no Brasil, em 1988, o grupo fez quatro datas no extinto Projeto SP, na capital paulistana. Na ocasião, o vocalista Olga levou um soco na cara, que de acordo com os presentes foi dado por um skinhead. Na entrevista, ele relembra o episódio e fatos que marcaram os anos de estrada da banda.

As perguntas foram elaboradas por líderes de três bandas punks brasileiras, convidados pela coluna: Sandra Coutinho (Mercenárias), Philippe Seabra (Plebe Rude) e Clemente (Inocentes).

Sandra Coutinho das Mercenárias - Reprodução Facebook - Reprodução Facebook
Sandra Coutinho, vocalista da Mercenárias
Imagem: Reprodução Facebook
Quais foram os desafios que a banda enfrentou para sobreviver durante essas décadas? Como é a relação de vocês com o mercado e gravadoras?
Olga: Ah, pergunta interessante! Foram muitos. Nos primeiros três ou quatro anos não tínhamos hotéis. Viajávamos e dormíamos no carro. Na estrada, a gente comia restos de comida. Mas temos uma extensa lista de bandas que nos ajudaram. E, para ser honesto, adorei a cada minuto.

Quanto ao mercado, estamos fora disso. Nunca estivemos na moda ou no mercado fonográfico tradicional, o que contribui para a nossa longevidade de muitas maneiras. Estamos perto o suficiente da imprensa britânica. Temos um relacionamento muito bom dentro do gênero, no sentido de que gravamos e lançamos exatamente o que gostamos. Produzimos álbuns como queremos, sem pressão.
Philippe Seabra da Plebe Rude - Claudia Okuno - Claudia Okuno
Philippe Seabra, vocalista da Plebe Rude
Imagem: Claudia Okuno
Quando é que vocês se tocaram da abrangência do punk fora da Europa? Mesmo antes da internet, já havia muitas pessoas sintonizadas no estilo.
Olga: Após o lançamento do nosso álbum "Dig That Groove Baby", de 1983, começamos a receber muitas cartas (não e-mails) vindas do mundo todo. Foi uma surpresa para nós. Foi ótimo saber que tínhamos fãs fora do Reino Unido e da Europa.


Clemente do Inocentes - Reprodução Facebook - Reprodução Facebook
Clemente, vocalista do Inocentes
Imagem: Reprodução Facebook
 Você faz ideia do motivo de, mesmo fazendo música com temas tão alegres e divertidos, vocês terem um público tão violento no Brasil? Conseguiu superar o soco que levou no palco?
Olga: Sim. Eu superei completamente aquele incidente, mas não esqueci, é claro! A verdade é que nós não vemos violência nos shows há mais de 30 anos. Hoje há uma mistura de antigos e novos fãs, roqueiros, punks etc. Todos festejando juntos.


Serviço
Toy  Dolls no Brasil
Curitiba
Quando: 10 de agosto - sexta-feira, a partir das 21h
Onde: Hermes Bar - Rua Engenheiros Rebouças, 1645 – Rebouças
Inf: https://pixelticket.com.br

Goiânia
Quando: 11 de agosto - sábado, a partir das 20h
Onde: Centro Cultural Martim Cererê - Rua 94-A, Setor Sul
Inf: https://meubilhete.com

São Paulo
Quando: 12 de agosto - domingo, a partir das 18h
Onde: Carioca Club Pinheiros - Rua Cardeal Arcoverde, 2899 - Pinheiros
Inf: www.clubedoingresso.com