"Dá pra pagar o almoço e o jantar", diz Sander Mecca sobre cantar no metrô
Um dia após ter sido filmado cantando no metrô de São Paulo, o cantor Sander Mecca esteve no UOL e contou sobre a nova fase da vida. A conversa foi no mesmo local onde, no início dos anos 2000, Sander batia cartão com a então banda Twister, conversando com os milhares de fãs que lotavam as salas de bate-papo virtual.
Enquanto caminhava até o estúdio onde seria feita a entrevista, o músico relembrou quando meninas fanáticas lotavam a entrada do prédio em busca de uma palavrinha com os donos do hit "40 graus". Nada disso, no entanto, parece fazer falta na vida da Sander Mecca. Embora reconheça a importância da fase meteórica, o ex-ídolo teen, hoje aos 34 anos, está em outra.
Sua ideia agora é estar "próximo à arte", seja no palco, no estúdio ou no metrô passando o chapéu, de onde diz tirar seu sustento. "Consigo pagar meu almoço, meu jantar e ainda sobra. Em duas horas de vagão, faço uma grana digna, mais do que em uma hora de aula como professor", conta o artista.
Até o fim do ano, Sander pretende lançar um CD, que já tem três músicas disponíveis nas plataformas digitais, todas produzidas por Gabriel Povoas, filho de Daniela Mercury. Uma delas é "O Dia de São Nunca", dueto com Zeca Baleiro.
"Conheci o Sander por meio de Léo Nogueira, poeta parceiro, que me chamou pra participar do disco dele. Fiquei impressionado com o vigor vocal do cara. Ele é um baita cantor. Canta com muita alma e é muito intenso. E é gente finíssima também. Espero que o disco faça justiça ao talento dele", diz Baleiro.
É a arte também que o mantém firme em contato consigo mesmo, longe das drogas. Em 2005, o cantor foi preso por porte de drogas e ficou quase dois anos atrás das grades indiciado por tráfico. Toda essa história foi narrada no livro "Inferno Amarelo", que escreveu na cadeia.
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