Um dia teremos reunião?

19 anos de treta chegaram ao fim: mas por que os Raimundos brigaram?

Por Leonardo Rodrigues

Amigos 'forévis' de novo

Rodolfo e os Raimundos surpreenderam ao anunciar recentemente o fim de uma briga que, em 2001, rachou e quase colocou fim à então banda mais popular do país.
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Mas por que a treta foi tão feia?

Renan Olivetti/Divulgação

Antes, convém lembrar

No fim do ano 2000, os Raimundos estavam no topo. Os álbuns "Só no Forevis" (1999) e "MTV ao Vivo" (2000) venderam juntos mais de 2,5 milhões de cópias.
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O que ninguém esperava

Mas em janeiro de 2001 Rodolfo se tornou evangélico e deixou os Raimundos. O motivo: ele não concordava mais com as letras e mensagem das músicas, focadas em sexo, drogas e farras.
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Pegos de surpresa

Digão (guitarra), Canisso (baixo) e Fred (bateria) não engoliram. Digão havia acabado de financiar uma casa e viu sua fonte de renda ameaçada. Integrantes ainda reclamaram de não terem recebido nenhum "aviso prévio" do vocalista.
Adauto Perin/Folhapress

Questão de grana

Outra questão que interferiu na briga: Rodolfo, principal compositor, continuou recebendo direitos autorais das músicas. Enquanto isso, Digão e colegas penavam para manter os Raimundos e suas vidas de pé.
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Cada um foi para um canto

Nos anos seguintes, os Raimundos continuaram com Digão nos vocais, mas sem repetir o sucesso. Já Rodolfo montou o grupo Rodox e, mais tarde, seguiu carreira na música religiosa, deixando os holofotes.
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Enfim veio a paz

Mas eis que, no último dia 12, o vocalista anunciou as pazes com a banda durante uma live. Aconteceu pouco depois da morte de Bessanger Abrantes, primo de Rodolfo que inspirou "Puteiro em João Pessoa" e foi homenageado por Digão.
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Estou muito feliz de ter tido essa conversa. Meu irmão [Digão], você tem meu amor, meu abraço. Estou muito feliz de ver nossa história reescrita.

Rodolfo
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Vai rolar reunião?

Ela não deve acontecer tão cedo. Rodolfo não tem essa intenção. E outra: antes da reconciliação, Canisso brigou com Digão após ele relacionar a quarentena a uma "amostra grátis de comunismo".
Beto Barata/UOL
Publicado em 27 de junho de 2020.

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