Assange comparece à segunda sessão do recurso contra extradição à Suécia


Londres, 13 jul (EFE).- O fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, comparece nesta quarta-feira à segunda sessão da apelação apresentada perante o Superior Tribunal de Londres contra sua extradição à Suécia.

O tribunal estuda desde ontem o recurso apresentado por Assange em março contra a decisão de uma Corte inferior de entregá-lo à Suécia, onde a Promotoria o reivindica por três delitos de agressão sexual e um de estupro após a denúncia de duas mulheres.

O jornalista, cujo portal revelou os detalhes de milhares de informações confidenciais de embaixadas dos Estados Unidos em todo o mundo, foi detido em dezembro no Reino Unido depois que as autoridades receberam a ordem de extradição da Suécia.

Uma vez finalizada a audiência de hoje, os juízes do Superior Tribunal podem se retirar para avaliar os argumentos antes de emitir uma sentença, que pode ser conhecida em uma data posterior.

Na terça-feira, o advogado de Assange, Ben Emmerson, argumentou que a ordem de detenção é "defeituosa", porque não descreve de maneira "justa, precisa e adequada" os supostos delitos sexuais.

Emmerson pediu que os dois juízes - Lorde Thomas e Lorde Ousley - reconheçam que as relações sexuais foram com consentimento e que as acusações contra ele não são delitos passíveis de extradição.

Além disso, a defesa do jornalista insiste que a extradição tem motivos políticos, já que o portal revelou milhares de documentos do Departamento de Estado americano.

O Superior Tribunal estuda o recurso contra a decisão do juiz de distrito Howard Riddle de conceder a extradição à Suécia.

Mesmo se este recurso fracassar, a defesa de Assange ainda poderá apelar à Suprema Corte, máxima instância judicial britânica.

Assange, que permanece em prisão domiciliar na mansão de um amigo no leste da Inglaterra sob fortes medidas de vigilância, organizou no último fim de semana uma festa para seus amigos por ocasião de seu 40º aniversário.

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