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Museu Anne Frank é reformado e reaberto para receber nova geração de visitantes

Anne Frank  - Reprodução
Anne Frank Imagem: Reprodução

Toby Sterling

Amsterdã (Holanda)

22/11/2018 15h24

A Casa de Anne Frank, museu construído em volta do apartamento secreto onde a jovem judia e sua família se esconderam dos nazistas, foi reaberto nesta quinta-feira (22) depois de ser reformado para receber uma nova geração de visitantes cujos avôs nasceram depois da Segunda Guerra Mundial.

O museu e o apartamento minúsculo onde Anne escreveu seu diário, que se tornou o documento mais amplamente lido a emergir do Holocausto, atraem cerca de 1,2 milhão de visitantes anualmente.

A história de Anne é contada através de fotos simples, citações de seu diário e depoimentos em vídeo de sobreviventes -- e agora os curadores acrescentaram uma visita guiada em áudio.

A entrada do museu Anne Frank. em Amsterdã, na Holanda - EVA PLEVIER/Reuters - EVA PLEVIER/Reuters
A entrada do museu Anne Frank. em Amsterdã, na Holanda
Imagem: EVA PLEVIER/Reuters

"Às vezes dizemos que o museu Casa de Anne Frank é um dos únicos museus do mundo que não tem muito mais a oferecer do que espaços vazios", disse seu diretor, Ronald Leopold.

"Uma visita guiada em áudio nos habilitou a dar informações sem perturbar o que acho ser um dos elementos mais poderosos desta casa: seu vazio".

A turnê do museu, que foi reaberto pelo rei holandês Willem-Alexander nesta quinta-feira, começa pela história da família Frank, sua fuga para a Holanda após a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha e sua decisão de se esconder no dia 6 de julho de 1942.

Os visitantes passam pela estante giratória que escondia o anexo secreto apertado acima de um depósito onde Anne, sua irmã Margot, seu pai Otto, sua mãe Edith e quatro outros judeus se abrigaram até serem presos pela polícia em 4 de agosto de 1944.

O museu exibe então o documento do governo registrando a deportação dos Frank de trem para Auschwitz em um vagão de gado.

Anne foi transferida para o campo de concentração de Bergen-Belsen, onde morreu no início de 1945, aos 15 anos -- um dos seis milhões de judeus que perderam a vida sob o regime nazista.