Ex-residência de princesa Diana vira "palácio encantado"
Por Kirsty Ross
LONDRES, 9 de abril (Reuters Life!) - Estilistas britânicos como Vivienne Westwood e William Tempest transformaram a antiga residência da princesa Diana em um "Palácio Encantado".
A exposição no Palácio Kensington, que ficará em cartaz por dois anos, explora as vidas de sete princesas que viveram no palácio. Ela conta histórias com teatro ao vivo, sussurros assombrosos e truques de iluminação.
Além de Westwood e Tempest, os estilistas Boudicca e Aminaka Wilmont, o ilustrador Echo Morgan e o criador de chapéus Stephen Jones foram contratados para mudar tudo em mais de uma dúzia de salas do palácio de 405 anos pertencente ao governo britânico, enquanto no resto do imóvel real são realizadas obras no valor de 12 milhões de libras (18 milhões de dólares).
Curadores pediram aos estilistas que criassem um vestido novo para cada princesa, incluindo Mary, Anne, Charlotte, Caroline e Vitória, enquanto dois vestidos originais que pertenceram a Margaret e Diana, princesa de Gales, são expostos sob nova luz.
Vivienne Westwood criou um vestido "para uma princesa rebelde", inspirada na princesa Charlotte, filha do rei George 4o, cuja morte, em 1817, teve um impacto tão grande sobre a população londrina que os estoques de tecidos pretos na cidade se esgotaram.
Outro destaque da exposição é a peça vanguardista criada por Tempest no quarto da rainha Vitória, envolvendo 2.000 pássaros de origami suspensos. Foi nesse cômodo que a princesa acordou, em 1836, e descobriu que assumiria o papel de rainha.
Cada sala tem seu tema própria, incluindo histórias trágicas sobre uma princesa adolescente que fica noiva de um homem muito mais velho, o horror de dar à luz um bebê morto e a dor de perder um amigo para sempre. As histórias são encenadas por atores da companhia de teatro WildWorks, da Cornualha.
"É um material tão rico para criar arte e teatro. Explorar estas histórias nos próprios ambientes em que aconteceram é emocionante," disse o produtor da WildWorks, Bill Mitchell.
Os visitantes recebem mapas para ajudá-los a se orientarem na instalação, que lembra um labirinto, e um desafio lhes é proposto: identificar o quarto misterioso de cada princesa.
Em um cômodo, palavras assombrosas aparecem rabiscadas em displays, criadas para parecer que foram escritas por uma criança.
"Cresci sozinha", diz uma frase. Outra comenta: "Quando olho para trás para aqueles anos que deveriam ter sido os mais felizes de minha vida, não posso deixar de sentir pena de mim mesma".
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