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Wagner Moura: 'Sergio', da Netflix, é parte de projeto pessoal ambicioso

Wagner Moura e Ana De Armas em cena do filme "Sérgio" - Divulgação
Wagner Moura e Ana De Armas em cena do filme "Sérgio" Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

14/04/2020 10h03Atualizada em 14/04/2020 19h42

Wagner Moura tem trilhado como poucos o caminho de expor histórias de figuras relevantes da história da América Latina. Este é o foco em seu novo filme como ator, "Sergio", que chega à Netflix na sexta-feira (17). Em entrevista ao Canal Brasil, ele disse que o longa é parte deste seu projeto pessoal ambicioso em relação à cultura latina e um filme com foco na empatia de seu personagem principal.

O filme conta a história de Sérgio Vieira de Mello, alto-comissário da Organização das Nações Unidas (ONU), morto aos 55 anos em Bagdá. Ele foi vítima de um ataque terrorista na sede local da instituição em 2003, no Iraque.

"'Sergio' é mais que um filme. É um projeto ambicioso meu, que é: produzir o que me interessa, o que quero fazer. Eu quero falar de nomes relevantes da América Latina, inseridos em contextos reveladores. Sergio foi o primeiro projeto nessa linha. E temos grandes nomes, né"?, avalia Moura.

"É um filme sobre empatia e sobre um homem que dedicou sua vida à luta pelos direitos humanos", explica o ator.

Wagner Moura contracena no longa com Ana de Armas, Garret Dillahunt, Brían F. O'Byrne, Will Dalton, Clemens Schick e Bradley Whitford, entre outros. A produção é dirigida por Greg Barker e tem roteiro de Craig Borten.

Covid e Marighella

Convidado do "Cinejornal", que vai ao ar no Canal Brasil em em duas partes - hoje, às 23h50, e sábado (18), às 17h - ele também falou sobre esta época de luta contra o coronavírus.

"Esse momento mostrou toda a fragilidade dos líderes mundiais diante de uma crise como a que estamos passando. Essa crise vai aumentar a desigualdade social e econômica no mundo. O momento é de olhar para dentro e refletir como vai ser a vida pós-corona. Vai ser diferente".

Wagner está em Los Angeles, onde mora com a família. "Estamos bem aqui, a onda está muito boa em casa. Estamos juntos, acompanhando de perto os estudos das crianças. Estou lendo bastante, assistindo alguns filmes e séries antigos com a família. A primeira coisa que a gente vai fazer quando tudo isso passar é voar pra Bahia."

Já o filme "Marighella", seu primeiro trabalho na direção, segue aguardando por uma data para estrear nos cinemas brasileiros. O longa foi aplaudido de pé no Festival de Berlim e teve de adiar mais uma estreia - prevista para 14 de maio.

"Foi muito frustrante não lançar o filme em novembro de 2019 por causa do Governo. Eu poderia lançar na internet, mas não quero, meu filme vai estrear nos cinemas e tenho certeza de que vai ser muito bem aceito."

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que informou o segundo parágrafo da matéria, Sérgio Vieira de Mello não era diplomata. A informação foi corrigida.