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MC Rebecca fala sobre proibidão e exalta Ludmilla: "Minha fada madrinha"

MC Rebecca - Reprodução/Tidal
MC Rebecca Imagem: Reprodução/Tidal

Do UOL, em São Paulo

04/11/2019 15h10

Revelação do funk proibidão, MC Rebecca falou ao For The Cultura Brasil, série do Tidal, sobre o sucesso no gênero, dominado por homens, e exaltou duas de suas maiores referências na música: Valesca Popozuda e Ludmilla.

"Eu admiro essas mulheres fortes que cantam no funk. A Valesca é mais pelo fato de ser mãe solteira também, ser uma mulher forte, empoderada, cantar proibidão. Ela me inspira muito. Ela não sabe que sou muito fã, já dancei com ela, já fui bailarina dela, e ela me inspira muito como mulher", elogia Rebecca.

Mãe de Morena, de dois anos, a funkeira contou como concilia a maternidade e a carreira musical: "Sinto muita falta da minha filha, mas quando a encontro, é tudo maravilhoso. Aprendo cada dia mais com ela. Ela mudou minha vida completamente".

Rebecca, que antes de cantar funk foi passista da Acadêmicos do Salgueiro, também enfrenta o preconceito e os olhares tortos dos homens que não gostam de ver mulheres falarem sobre seus prazeres sexuais.

"O preconceito acontece todos os dias, não só no funk mas em todos os lugares. Hoje em dia, há muitas mulheres que cantam proibidão e eu as admiro muito. O preconceito no funk é bem constante entre os homens, porque há muitos homens cantando. Acredito que estamos quebrando essas barreiras", afirma.

A cantora carioca estourou com o hit Cai de Boca, um presente de Ludmilla, a quem é eternamente grata: "A Ludmilla me ajudou muito. Não só por ter me dado a música, mas por ter compartilhado as experiências que viveu. Ela foi uma fada madrinha na minha vida"

Rebecca viu sua carreira explodir quando cantou no Baile da Gaiola a convite do DJ Rennan da Penha, preso desde abril.

"Ele me convidou para cantar no Baile da Gaiola para mais de 25 mil pessoas. Eu nunca tinha cantado para um público tão gigante. Fiquei nervosa, mas confortável porque as pessoas sabiam cantar as minhas músicas. Eu me senti em casa", recorda.