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Villa Mix não responde a notificação do Procon sobre agressão de seguranças

Mulher é agredida dentro da casa noturna Villa Mix, em São Paulo - Reprodução/TV Globo
Mulher é agredida dentro da casa noturna Villa Mix, em São Paulo Imagem: Reprodução/TV Globo

Rodolfo Vicentini

Do UOL, em São Paulo

13/05/2019 21h12

O Procon-SP afirmou hoje que a casa de shows Villa Mix não esclareceu dentro do prazo definido a agressão ocorrida dentro da casa noturna, localizada na Zone Oeste de São Paulo no último dia 5.

A fundação havia solicitado detalhes sobre a ocorrência até a última sexta (10). Uma cliente afirma ter sido agredida por cinco seguranças mulheres dentro do local, recebendo vários socos na cabeça e no corpo.

"Foram solicitados também esclarecimentos quanto ao serviço de segurança: se é próprio ou terceirizado; se terceirizado, qual a empresa e quais os critérios de contratação, bem como qual a política interna de treinamento de funcionários e prestadores de serviços quanto aos direitos dos consumidores", declarou o Procon-SP em nota.

A solicitação foi enviada dia 8 de maio. A fundação afirma que avaliará a aplicação de medidas e sanções à Villa Mix com base no Código de Defesa do Consumidor.

A empresa ainda afirma ter enviado à instituição sua versão sobre o ocorrido.

"Para garantir a ordem e a segurança do local e evitar uma confusão ainda maior, os seguranças impediram a cliente de retornar à pista, o que resultou em nova agressão por parte da senhora Taynara contra uma funcionária. A JHLS esclarece ainda que, durante todo o ocorrido, a cliente Taynara Diniz foi atendida e teve auxílio das prestadoras de serviços do caixa e das seguranças, que lhe ofereceram suporte e prestaram o primeiro amparo tanto físico, como emocional", diz a mensagem.

Ao UOL, em nota, a empresa diz ainda "repudiar qualquer acusação de agressões" e que a equipe de segurança da casa noturna "é treinada para garantir o bem-estar e a integridade física dos frequentadores." E acusa a cliente de ter sido racista.

"No caso da Taynara Diniz, as imagens do sistema interno de TV mostram que ela, em vários momentos na madrugada do dia 5 de maio, protagonizou agressões, inicialmente, a um cliente. Na sequência, Taynara agrediu física e verbalmente, inclusive com injurias raciais, diversos funcionários e colaboradores da segurança da casa."

A JHLS também teria disponibilizado as imagens das câmeras de vigilância do local às autoridades policiais e que "a empresa é a principal interessada no esclarecimento imediato dos fatos."

O caso

Taynara Diniz  - Arquivo pessoal - Arquivo pessoal
A empresária Taynara Diniz
Imagem: Arquivo pessoal

Em relato publicado no Instagram, a empresária Taynara Diniz denunciou a agressão que teria ocorrido após uma confusão envolvendo um homem que teria jogado um copo de bebida em seu rosto.

Ela contou ter sido agredida por cinco seguranças mulheres, enquanto um segurança homem ficava na porta e outro funcionário da casa entrava e saía da sala, para onde, de acordo com o relato, só ela foi levada. A amiga, que estava com Taynara, teria sido expulsa da boate.

A dupla Jorge & Mateus, nome forte da marca Villa Mix, divulgou hoje que "suspendeu por prazo indeterminado a licença concedida de uso de nome artístico e imagem" pela marca até que o caso seja resolvido.

Outro lado

Dois dias após o ocorrido, a Villa Mix afirmou estar "acompanhando a apuração dos fatos e colaborará com as autoridades policiais" e que Taynara se mostrava "descontrolada, em razão da discussão que teve com o outro cliente, inclusive teria agredido física e moralmente os colaboradores".

"Por fim, a empresa reitera que repudia qualquer tipo de violência, discriminação, racismo e qualquer tipo de agressão à mulher ou prática oposta à sua finalidade: proporcionar momentos de alegria e descontração", conluiu a casa de show em nota.

A Audiomix, que controla a marca Villa Mix, também emitiu nota afirmando ter suspendido a licença da marca ao estabelecimento JHLS Lanchonete e Choperia.