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Após saída da Petrobras, Festival Anima Mundi recorre a financiamento coletivo

Cena do longa de animação "A Tartaruga Vermelha", um dos destaques do Anima Mundi 2016 - Divulgação
Cena do longa de animação "A Tartaruga Vermelha", um dos destaques do Anima Mundi 2016 Imagem: Divulgação

Leonardo Rodrigues

Do UOL em São Paulo

09/05/2019 14h26

O Festival Anima Mundi, considerado o maior encontro da animação na América Latina, abriu financiamento coletivo na plataforma Benfeitoria para a realização de sua 27ª edição, prevista para julho no Rio e São Paulo.

Os organizadores correm contra o tempo após o governo federal retirar de festivais culturais o patrocínio da Petrobras, que correspondia a cerca de 35% da cota do festival, que tinha orçamento médio de R$ 3 milhões antes da crise econômica.

O Anima Mundi, que também perdeu apoio do BNDES, encerrou suas inscrições com cerca 1.800 filmes em março, dois meses antes dos cortes serem anunciados.

A "vaquinha virtual" visa arrecadar até 27 de junho R$ 400 mil, quantia destinada apenas às mostras do evento. Os organizadores ainda pretendem abrir outros financiamentos, que incluirão o Anima Forum, braço de mercado do festival, no valor de R$ 200 mil.

Neste primeiro momento, é possível contribuir com valores entre R$ 20 e R$ 20 mil. As recompensas vão desde a exibição do nome nos créditos do festival a um passaporte que dá acesso a todas as sessões do festival.

"O festival ainda corre risco de não acontecer", diz ao UOL Cesar Coelho, diretor do Anima Mundi, que vem adotando o que chama de "estratégia de sobrevivência".

"Temos outros patrocinadores que estão prestes a assinar, o CCBB no Rio e o Itaú Cultural em São Paulo, mas, se a quantia não for atingida, talvez conseguiremos fazer apenas uma pequena mostra, em uma cidade."