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"Papa dos ETs" crê que racismo e guerras acabarão após contato extraterrestre

O pesquisador Erich von Däniken, autor de "Eram os Deuses Astronautas" - Reprodução
O pesquisador Erich von Däniken, autor de "Eram os Deuses Astronautas" Imagem: Reprodução

Rodolfo Vicentini

Do UOL, em São Paulo

04/12/2018 10h02

Pela primeira vez juntos no Brasil, os pesquisadores Erich von Däniken (autor do livro "Eram os Deuses Astronautas") e Giorgio A. Tsoukalos (apresentador do programa "Alienígenas do Passado", do History Channel) participarão da UFO Summit 2018 a partir desta terça-feira (04) para falar mais sobre a possível influência dos alienígenas na nossa sociedade.

Entusiastas da teoria dos Antigos Astronautas (aquela que acredita que civilizações extraterrestres tiveram contato com os seres humanos há milhares de anos e influenciaram a forma de vida que temos hoje), a dupla opinou, em entrevista ao UOL, sobre a expansão das pesquisas ufológicas nas escolas, os genes alienígenas que temos e como novos contatos poderiam ser importantes para a população da Terra.

Contatos imediatos de terceiro grau

"Uma vez que nós entrarmos em contato com eles novamente, e isso vai acontecer cedo ou tarde, nós perderemos toda essa porcaria de racismo que existe no planeta", pregou Erich, que dedica-se ao estudo de teorias alienígenas desde a década de 1960. Para o suíço de 83 anos, a única maneira de nos unirmos como grupo social é com uma ajuda de fora do planeta Terra.

"Quando estivermos em contato com os extraterrestres, perceberemos que somos a unidade humanitária deste planeta. Não importa se você é branco, preto, amarelo ou vermelho. Não importa se você é católico, muçulmano ou budista. Nós somos a espécie inteligente neste planeta, então o contato seria ótimo para nós. Seria essencial para acabar com as guerras estúpidas que temos", completou.

O pesquisador Giorgio A. Tsoukalos, teórico dos antigos astronautas - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
O pesquisador Giorgio A. Tsoukalos, teórico dos antigos astronautas
Imagem: Reprodução/Facebook

Giorgio, por outro lado, não acredita que este "contato salvador" vai chegar tão cedo, justamente pela desunião entre as pessoas. Segundo o pesquisador, os alienígenas estão observando o que fazemos desde os primeiros contatos, mas não são altruístas a ponto de nos socorrerem.

"É por isso que eles ainda não fizeram um contato oficial recentemente, porque estamos nesta bagunça por nossa culpa. Não é por causa dos extraterrestres. Eles nos deram tudo na época, e aqui estamos, quase uma destruição em massa. Eles estão observando e se este planeta explodir, eles não ligam. Quem liga? Há bilhões de formas inteligentes de vida por aí. Quando nós limparmos nossa própria casa, aí eles voltarão para fazer contato".

Descendentes dos alienígenas

Tanto Giorgio quanto Erich acreditam que somos descendentes de alienígenas. A dupla não refuta a ideia de evolução, pelo contrário, mas aponta que temos um ancestral antigo que não veio deste planeta. "Claro que somos o produto da evolução, definitivamente, nós viemos da família dos macacos, mas não apenas isso. O planeta Terra nunca foi um sistema fechado. Houve sempre contato e interferência de extraterrestres. E podemos provar isso", analisou o experiente pesquisador.

Erich citou uma descoberta recente do que acredita ser um dos pergaminhos do Mar Morto, manuscritos milenares considerados a versão mais antiga do texto bíblico. O objeto conta a história de Lamech, um pastor cuja mulher engravidou enquanto ele estava fora. Seu avô, Enoque, relatou que "os guardiões dos céus" inseminaram a esposa de Lamech sem tocá-la sexualmente e que era obrigação dele criar o bebê, que recebeu o nome de Noé.

"Eu sempre comparei a evolução a uma macieira. Nossos cientistas e biólogos podem provar que essa macieira teve um processo evolutivo, podemos voltar milhares de anos e encontrar a origem da macieira. Mas finalmente os homens vieram e simplesmente mudaram a macieira. Então há uma evolução, mas a mudamos. Foi a mesma coisa com os extraterrestres. Nós pensamos e parecemos com os extraterrestres, porque somos um produto. Você pode fazer todo o caminho e vai encontrar a nossa origem, que é chamada de Deus. Deus é o espírito do universo", explicou.

Giorgio A. Tsoukalos, apresentador do programa "Alienígenas do Passado", no History Channel - Reprodução/History Channel - Reprodução/History Channel
Giorgio A. Tsoukalos, apresentador do programa "Alienígenas do Passado", no History Channel
Imagem: Reprodução/History Channel

Alienígenas nas faculdades

Giorgio crê que, com a teoria dos Antigos Astronautas conquistando cada vez mais adeptos, não vai demorar muito para que cursos de antropologia com foco na vida fora da Terra sejam criados em universidades ao redor do mundo. É um caso semelhante com "Jurassic Park - O Parque dos Dinossauros" (1993), em que o número de paleontologistas cresceu muito por influência do filme.

"Eu consigo ver, daqui a 10 anos, os cursos de arqueologia, antropologia subindo por causa das crianças que viram 'Alienígenas do Passado', e querem explorar o mundo a partir desta perspectiva. Há medo de ensinarem [atualmente] algo assim, porque não é tradicional. Estamos desafiando muito a história da humanidade, mas com pontos válidos", disse o especialista.

Giorgio usa como exemplo o livro "A Origem das Espécies", escrito por Charles Darwin em 1859, que fala de uma "ligação perdida". "Para alguns, isto é Deus. Não. É uma intervenção alienígena nos nossos genes. Então, isto sozinho já é uma coisa muito grande para que as pessoas aceitem", afirmou. Erich complementou a ideia. "Os cientistas afirmam que é tudo evolução, seleção natural. Mas estamos no topo da evolução. Os cientistas negam os extraterrestres, falam que não precisam de extraterrestres. Eles dizem, 'Nós sabemos tudo sobre evolução'. O que não é verdade."

Serviço

Erich von Däniken e Giorgio A. Tsoukalos no Brasil

Evento: UFO Summit 2018

Quando:

4/12 SP - Grande Auditório do Anhembi, R$ 180

06/12 - Brasília (Auditório Ulysses Guimarães), a partir de R$ 160

08/12 - Curitiba (Expo Unimed) , a partir de R$150

Ingressos: eventim.com.br