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Liniker se diz privilegiada, mas ainda vê discriminação: "Todo dia"

Liniker se apresenta no segundo dia do Lollapalooza. Show teve problema técnico e acabou antes do esperado Imagem: Mila MaluhyDivulçação

Jonathan Pereira

Do UOL, em São Paulo

06/11/2018 07h00

Liniker falou de sua transexualidade no "Conversa com Bial" de segunda-feira (5). A cantora se orgulha do que conquistou até aqui e cita as estatísticas de violência LGBTQIA+ ao citar as lutas contra a discriminação que encara.

"Todo dia [encaro discriminação], ainda mais sendo uma mulher trans no Brasil, que mais mata gays, trans, lésbicas. Tenho um privilégio, as pessoas me conhecem, mas mesmo assim passo por uma violência gigantesca", afirma, contando que sua sexualidade desperta curiosidade.

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"As pessoas vão [aos shows] pelo fato de ter uma mulher trans, querem ver quem eu sou, entender. Mas sinto que é pela música e pela qualidade do som que temos feito. Nesses três anos chegamos numa musicalidade nossa", diz ela, que se apresenta com os Caramelows.

Liniker já se apresentou fora do Brasil. "Sou a única pessoa da minha família que conhece outro pais, que viajou de avião, que fala outra língua. Sou uma cantora que canta sobre o afeto, mas nem sempre estou vivendo os afetos que canto".

Ao lado de Jaloo e da dupla Ctrl+N, ela comentou a importância da aceitação de quem se é. "É na base da conversa e da desconstrução, a minha demorou 18 anos para acontecer. Imagina minha avó, minhas tias, tendo de desconstruir a pessoa que elas conviveram esse tempo todo".

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