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Playboy estuda extinguir publicação de revistas e mudar foco da empresa

Hugh Hefner, que morreu em 2017, com a primeira edição da revista Playboy nos anos 90 - AP Photo/Playboy, Elayne Lodge
Hugh Hefner, que morreu em 2017, com a primeira edição da revista Playboy nos anos 90 Imagem: AP Photo/Playboy, Elayne Lodge

Do UOL, em São Paulo

03/01/2018 11h23

A revista Playboy pode estar com seus dias contados. Ao menos na versão impressa, que a fez famosa junto ao público. De acordo com o diário The Wall Street Journal, a empresa que controla a marca estuda uma mudança de foco, em que uma das alterações principais seria deixar de rodar as páginas da publicação, algo que foi mantido enquanto o criador Hugh Hefner estava vivo.

A empresa Rizvi Traverse, que detém a parte majoritária da companhia, pretende colocar como foco da Playboy o licenciamento de sua marca e de seu logo de coelhinho e também quer ampliar sua atuação fazendo parcerias com outras marcas, de acordo com o The Wall Street Journal.

“Queremos focar no que chamamos de ‘Mundo da Playboy’, que é muito maior do que uma pequena publicação impressa, feita apenas pelo legado”, disse Ben Kohn, um dos mandatários da Rizvi Traverse e CEO da Playboy Entreprises, ao jornal.

“Planejamos passar 2018 em transição de uma empresa de mídia para uma empresa baseada na marca (da Playboy)”, acrescentou ele.

A Traverse assumiu o controle majoritário da Playbou em 2011 e o acordo entre eles era de que, enquanto Hefner estivesse vivo, a publicação impressa da revista seria mantida.

A decisão, caso se concretize, interromperia quase 70 anos de publicações. A Playboy foi publicada pela primeira vez em 1953 e foi comandada por Hugh Hefner, que morreu em 2017. Ele foi homenageado com uma edição especial da revista.

Em 2016 uma alteração radical já havia sido colocada em prática, quando fotos nuas de mulheres passaram a ser vetadas. Em 2017, elas voltaram a aparecer.

De todo modo, os prejuízos se somavam, ano a ano. De acordo com o jornal, as perdas eram de cerca de US$ 7 milhões por ano.

“Historicamente, nós conseguíamos justificar os prejuízos pelo valor de marketing da Playboy, mas também temos de pensar com um olho no futuro”, afirmou Kohn. “Não tenho certeza de que a publicação impressa seja, necessariamente, o melhor meio de comunicar ao nosso público que olhamos para o futuro.”