Aos 91 anos, morre o filósofo polonês Zygmunt Bauman
Morreu aos 91 anos, em Leeds, na Inglaterra, o filósofo e sociólogo contemporâneo Zygmunt Bauman, informou o site polonês "Gazeta Wyborcza". Bauman era um dos intelectuais do século 20 mais importantes e prolíficos ainda vivos.
De acordo com o periódico, o filósofo morreu em casa, cercado por sua família e amigos. A causa da morte não foi divulgada.
Suas obras mais conhecidas no Brasil foram "Modernidade Líquida" (2000), "Amor Líquido: Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos" (2003), "Vida Líquida" (2005) e "Tempos Líquidos" (2006).
Bauman continuou ativo até o fim da vida e sua nova obra, "Estranhos à Nossa Porta", será lançada no Brasil nesta quinta-feira (12). O livro, de 120 páginas, lançado no ano passado na Inglaterra, aborda a crise migratória na Europa.
Nascido em Poznan, na Polônia, em 1925, ele vivia em Leeds, onde lecionava. O escritor ficou conhecido por seus trabalhos teóricos na chamada "sociedade líquida". Para ele, a sociedade contemporânea, social e política é "fluída", causada pela globalização, pela dinâmica consumista e pelo colapso das ideologias na pós-modernidade.
Bauman tinha ascendência judaica e fugiu da perseguição nazista para a União Soviética em 1939, onde viveu até 1969 e se aproximou da ideologia marxista. No pós-guerra, ele retornou para a Polônia e depois para a Inglaterra, onde produziu a maioria de seus livros.
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