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Jovens muçulmanos são detidos na Austrália por pegadinhas de terrorismo

Os irmãos Max, Arman Rebben Jalal fingem ser terroristas em pegadinhas - Reprodução /A Current Affair
Os irmãos Max, Arman Rebben Jalal fingem ser terroristas em pegadinhas Imagem: Reprodução /A Current Affair

Do UOL, em São Paulo

25/02/2016 05h42

O que era para ser diversão se tornou uma grande dor de cabeça para três irmãos muçulmanos. Conhecidos na internet por gravarem pegadinhas em que fingem ser terroristas, Max, de 20 anos, Arman, 18, e Rebben Jalal, 16, foram detidos nesta quarta-feira (24) em Melbourne, na Austrália, acusados de “perturbação da ordem pública” e “comportamento ofensivo em lugar público”.

Segundo a imprensa australiana, os jovens foram liberados ainda na quarta-feira após pagamento de fiança, mas deverão comparecer ao tribunal no dia 20 de maio. Os irmãos também foram proibidos de produzir e publicar vídeos que sejam considerados “ofensivos”.

Nos vídeos, os irmãos fingem ser terroristas e assustam as pessoas nas ruas com bombas e armas falsas. Na última pegadinha divulgada pelos jovens, eles sacam uma falsa AK-47 e fingem atirar em uma menina de cinco anos, que está acompanhada do pai.

Em entrevista ao jornal australiano “Herald Sun”, o pai dos jovens, Michael Jalal, disse que não aprova as pegadinhas criadas pelos filhos, mas tentou minimizar o caso.

“Nesta cidade, as pessoas estão andando com armas reais e fazem disparos reais. Eu sei que meus meninos não deveriam fazer isso, mas é tudo falso. Não é uma arma real, é apenas uma brincadeira. Eles são bons garotos, mas quanto eles não estão me escutando. Eu e minha mulher não estamos felizes e não aprovamos esse tipo de pegadinha", disse

O policial Graham Ashton, responsável pela detenção dos jovens, fez forte críticas as pegadinhas feitas pelos irmãos muçulmanos.

"É um comportamento deplorável. As pessoas podem responder violentamente ao ser vítimas desse tipo de brincadeira ou ter algum problema de saúde por causa do susto. Sem contar que se um policial presenciar esse tipo de situação, pode acabar matando alguém”, disse ele ao “Herald Sun”.